Segundo o conhecimento Tantra, há três tipos de orgulho. O primeiro tipo de orgulho é vaidade, que surge quando uma pessoa pensa que merece mais do que está conseguindo, o que a faz desenvolver uma atitude arrogante em relação a todos. Quem se entrega a isso perde seu julgamento discriminativo, exatamente como acontece a um bêbado. O ser humano é diferente do animal apenas porque possui discriminação e intelecto. Assim como um bêbado perde gradualmente essa inestimável qualidade, um ser humano cheio de orgulho também se torna privado dessa faculdade. Da mesma forma que o álcool leva à perda do raciocínio, o orgulho leva à decadência do indivíduo.
Autoengrandecimento é o segundo tipo de orgulho. Ao ficar cheia de vaidade, a pessoa quer projetar sua imagem de maneira exagerada. Frequentemente, ouve-se alguém dizer que tem uma rosa do tamanho de um balão em seu jardim, quando a rosa real pode ser do tamanho de uma bola de pingue-pongue. A entrega constante a esse tipo de atividade converte a mente à materialidade.
O terceiro tipo de orgulho é o prestígio, que é o desejo de se fazer conhecido. A pessoa espera atenção de todos e anseio por nome e fama. Esse estado mental pode ser facilmente comparado com a condição mental de um mendigo. O mendigo pede dinheiro dos outros enquanto que a pessoa almeja o prestígio mendiga que os outros a bajulem.
Para se livrar do orgulho a pessoa deverá formar o hábito de ser polido e humilde. Assim, como uma palha que fica no solo, e, embora humilde, não perde sua importância, assim também, o ser humano nunca se tornará insignificante sendo humilde. Apenas a humildade, como a da palha, salvará uma pessoa do orgulho.
Para evitar o orgulho, é também necessário ter paciência e tolerância. Uma pessoa que está sempre envolvida no pensamento do seu próprio prestígio deve aprender a pensar no prestígio dos outros.
Não se pode conhecer coisa alguma, a menos que se desenvolva a psicologia do “eu não sei”, este é o caminho do aspirante espiritual.
