A escolha do método compreende a determinação de um caminho para se chegar a um fim, ou seja, é a maneira de proceder, de fazer algo, à luz de certas regras ou pressupostos.
Entre os métodos ao dispor da pesquisa avulta o método sistêmico, o qual está pautado na teoria sistêmica. Um sistema pode ser concebido como uma associação combinatória de elementos diferentes. Assim, um sistema pode se restringir há poucos elementos ou envolver diversos elementos: num certo sentido, “toda a realidade conhecida, desde o átomo até a galáxia, passando pela molécula, a célula, o organismo e a sociedade, pode ser concebida como um sistema” (MORIN, 2005, p. 19).
Entre as vantagens do método sistêmico, em consonância com o magistério de Morin (2005), emergem os seguintes pontos:
- manter no centro da teoria, com a noção e sistema, não uma unidade elementar discreta, mas uma unidade complexa, um “todo” que não se reduz à soma de suas partes constitutivas;
- não ter concebido a noção de sistema como uma noção puramente formal, nem como noção fantástica;
- situar-se a um nível transdisciplinar, que possibilita, entrementes, a unidade e a diferenciação das ciências, não somente de acordo com a natureza material de seu objeto, mas também em conformidade com os tipos e as complexidades dos fenômenos de associação/organização.
Por conseguinte, impende observar os pressupostos do método sistêmico para alcançar os objetivos inicialmente propostos, uma vez que a realidade investigada se constitui como algo complexo, sendo que também necessita ser representada como um modelo.
Os modelos consistem em valiosos instrumentos de auxílio para visualizar e pensar acerca da natureza de um sistema e do seu comportamento. Também facilitam a descrição da natureza e do funcionamento das novas criações, podendo ser empregados para transmitir informações.
REFERÊNCIAS
MORIN, Edgar et al. Educar na era planetária: o pensamento complexo como método e aprendizagem pelo erro e incerteza humana. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2003.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2005.
MORIN, Edgar; LE MOIGNE, Jean-Louis. A inteligência da complexidade. São Paulo: Peirópolis, 2000.