SecretáriO de Saúde?
Um problema que existia no início do mandato do prefeito Beto Comazzetto parece que retornou para a Administração. Em vez de a secretária de Saúde, Rejane Serafini, ser a responsável pelo cargo, quem manda é o marido dela.
Esse problema causou uma imensa discussão na sessão desta terça-feira, 13, da Câmara Municipal.
A vereadora Glaci Pereira destacou que, em um determinado evento na Prefeitura, não foi cumprimentada pela secretária Rejane porque estaria com uma suposta ata.
De pronto, lembrou que o vereador Moacir D’Agostini havia feito um requerimento solicitando as atas das reuniões da Secretaria de Saúde para análise de determinadas situações.
Moacir fez questão de afirmar que até então não recebeu as tais atas, mas que agora vai intensificar essa procura porque ficou curioso com o conteúdo.
SecretáriO de Saúde? 1
Nem precisou esperar as atas para matar a curiosidade. O presidente da Câmara, Carlos Evandro Luz, destacou que ficou sabendo do conteúdo de uma das atas e, inclusive, conseguiu visualizar este conteúdo e… o nome do marido da secretária aparece por várias vezes como sendo funcionário de Nadir Bica, responsável pelos postos de saúde de Caçador.
No caso, o médico Bica está terceirizando os trabalhos para ser representado nas reuniões da Saúde de Caçador? Pior: ao que parece, o marido-secretáriO vai às reuniões e, inclusive, dá ordens.
Fontes do Além informaram ainda que ele vai adiante: em determinados postos de saúde, chega mandando nos servidores públicos municipais como se fosse o chefe realmente. Em alguns destes locais, servidoras são tão humilhadas que chegam a passar mal, quando não se escondem para evitar constrangimentos públicos com o marido-secretário.
SecretáriO de Saúde? 2
Carlão fez questão de destacar que se a situação persistir, vai tomar as medidas necessárias, inclusive contra o uso indevido do título de servidor público, que o marido da secretária Rejane não é. “Ele constrange servidores, faz determinações, restrições e pelo fato de ser um suposto funcionário do dr. Bica não lhe cabe isso. Lamentamos a falta de educação, sobretudo o despreparo desta pessoa”, disparou Carlão.
De acordo com outras Fontes do Além, algumas investigações estão bastante avançadas e prometem ter resultados surpreendentes pelo uso indevido de função pública por parte do marido-secretário e, inclusive, seriam denunciadas na Câmara Municipal.
Apagão
Enquanto a iluminação pública de Caçador está precária, parece que alguns semáforos estão acompanhando a situação. Aquele do Gioppo funciona quando quer.
Defesa do pastor
Finalmente, o pastor Vilso Soares dos Santos (PDT) usou da palavra para se defender publicamente da acusação de que mora em Lages. Entretanto, apesar da atitude, ele acabou usando palavras que acabaram por deixa-lo em uma situação ainda mais complicada.
Se disse perseguido, vítima de mentiras das testemunhas e discordou do trabalho da Comissão de Ética, a qual classificou de “comissão de inquisição”.
Destacou que trabalha em Lages e em Caçador e que isso ficou comprovado pelos documentos apresentados pela sua defesa e que o relatório da comissão foi completamente político.
Defesa do pastor 1
Por outro lado, o relator da Comissão, vereador Jorge Savi, evangélico assim como o pastor, destacou que em nenhum momento a análise foi política e que, num primeiro momento, tinha como pensamento de que a denúncia feita pelo Ministério Público era errônea. Mudou de ideia, segundo ele, depois que começou a trabalhar no caso. “Dói ter que realizar um trabalho que pode gerar na cassação de um companheiro, mas temos que agir dentro da Lei”, disse.
Defesa do pastor 2
Mas, parece que a situação complicou com uma atitude do procurador do pastor, que ameaçou e quis tirar satisfações com a vereadora Glaci Pereira em um posto de combustíveis. Foi estúpido e usou de palavras agressivas para se referir ao relatório contra o pastor.
Errou, entretanto, na escolha da vereadora ou o fez de propósito por ser mulher, porque os integrantes da comissão são os vereadores Valmor de Paula, Neri Vezaro e Jorge Savi.
Defesa do pastor 3
Na votação em plenário, com voto aberto de todos os vereadores, o pastor Vilso Soares, por ser parte interessada, não poderá votar.
A votação deve acontecer na próxima semana.
SDR
Assessor jurídico da SDR, Romualdo Machado, que está no cargo há 11 anos, fez questão de comentar as notas desta coluna sobre o impasse na reunião do Conselho Regional em Macieira.
Foi enfático em afirmar que o parecer, que foi votado em plenário, era técnico e que nenhum dos conselheiros teria a capacidade para analisar, a não ser que também sejam advogados.
Romualdo destacou ainda que, de forma alguma este documento deveria ter sido lido em plenário, porque é um parecer destinado ao secretário Chico Stefanes, que, caso não concordasse, poderia apenas fazer um documento fazendo isso.
Romualdo justificou ainda destacando que Stefanes é secretário designado e não nomeado e, por isso, não poderia ter passado o cargo para a diretora geral, Sirley Ceccatto, na reunião do Conselho em Calmon, uma antes de Macieira.
“De forma alguma meu parecer vai impedir qualquer prefeito de receber recursos, já que o secretário pode simplesmente discordar do que escrevi”, completou Romualdo.
