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Número de casos ativos de Covid e ocupação em hospitais preocupam em SC; secretário da saúde diz que ‘3ª onda iniciou’

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Com 16,4 mil mortes por Covid-19 e 1.035.042 casos confirmados, Santa Catarina mantém desde abril número elevado de casos ativos da doença, acima de 15 mil registros. Na quarta-feira (23), segundo o boletim divulgado pelo governo estadual, 21.110 pessoas seguiam com a doença e sendo monitoradas.

Para especialistas, esse alto número impacta diretamente no aumento de mortes e na ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Atual estoque de medicamentos também preocupa (veja mais abaixo).

“Quando a gente tem um aumento do número de casos ativos depois de três, quatro semanas, temos um impacto no serviço de saúde pelo aumento da demanda nas internações. E depois, mais umas duas, três semanas, a gente tem um impacto direto no aumento no número de óbitos. Então acaba sendo uma cascata”, disse a epidemiologista Alexandra Crispim Boing.

O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, afirmou em entrevista à NSC TV que o estado já enfrenta o que chamou de “terceira onda” da doença. Contudo, segundo ele, o aumento no número de casos ainda não se refletiu nas UTIs do estado.

“A terceira onda iniciou. Nós temos hoje um número médio de casos por dia quase 20% maior do que nós tínhamos no mês passado. Felizmente, não se refletiu ainda na necessidade de terapia intensiva, mas ainda temos algumas semanas de atenção nessa questão”, disse André Motta Ribeiro.

No entanto, alguns hospitais já voltaram a se preocupar com a ocupação de leitos e a falta de medicamentos nos estoques. Até esta quarta-feira (23) a ocupação geral era de 96,3% dos leitos no estado. A região Oeste catarinense é uma das mais críticas, com apenas uma vaga disponível na noite de quarta, quando duas pacientes com Covid esperavam por vaga de UTI.

Em todo estado são 35 pessoas, a maioria no Sul, onde há 23 pessoas. Na região, há quatro vagas disponíveis, segundo os dados do governo estadual.

“Se aumentar muito a nossa preocupação é que o sistema hospitalar novamente entre em colapso. Nós não temos como aumentar mais leitos. A maioria dos hospitais já chegou no seu limite. Não por questão de estrutura física, mas por falta de profissionais da saúde. O estoque [de medicamentos] é para um dia ou dois”, pontua a diretora do Hospital Regional São Paulo em Xanxerê.

Santa Catarina tem 15 das 16 regiões em situação gravíssima. O decreto estadual que vigora até 30 de junho estabelece restrições de ocupação e horários em estabelecimentos como algumas das medidas para tentar conter o avanço da doença. O governo diz que os municípios têm autonomia para tomar decisões mais restritivas, de forma regionalizada.

Para a Alexandra Boing, é necessário mais rigor. “A partir do momento que ficar focando apenas na gestão da consequência, o estado vai ter repetidos picos e a gente vai demorar muito mais tempo para sair da pandemia e tendo consequências sérias, sociais e econômicas”, diz.

Com informações G1 SC

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