Nem Tarcísio, nem Caiado, nem ninguém: o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (7) que não há nomes da direita que poderão substituí-lo na disputa presidencial de 2026. Para ele, o posto de líder da direita brasileira é ocupado por ele se forma “incontestável”.
Bolsonaro disse que, enquanto estiver vivo, ninguém deverá tomar seu posto de liderança. “Só depois que eu estiver morto. Antes, politicamente não tem nome”, declarou o ex-presidente.
Bolsonaro ainda está inelegível
Nomes como os dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Romeu Zema (Novo-MG) têm sido cotados para representar a direita nas próximas eleições presidenciais.
A razão é que o ex-presidente acumula penas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e está inelegível até 2030. Ele espera a aprovação de uma anistia do Congresso para participar do pleito.
Penas no TSE
Em junho de 2023, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A condenação veio após uma reunião na qual o então presidente atacou, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas do país;
Três meses depois, em outubro, ele foi condenado pela Justiça Eleitoral mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado de Dia da Independência em 2022. O TSE concluiu que ele usou a data cívica para fazer campanha.
Liderança “incontestável” é contestada em três estados importantes
Os principais nomes alternativos a Bolsonaro em 2026 estão em São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Foram nesses estados que, nas capitais, a força do bolsonarismo foi mais contestada.
Em São Paulo, a autoridade do ex-presidente como cabo eleitoral foi desafiada pelo ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que terminou a disputa pela prefeitura da capital paulista em terceiro lugar e ameaçou a candidatura de Ricardo Nunes (MDB), nome apoiado pelo PL e por Tarcísio de Freitas.
Já em Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) derrotou Bruno Engler (PL), candidato de Bolsonaro. O governador Romeu Zema também havia apoiado Engler.
Mas o principal revés do ex-presidente contra seus possíveis rivais da direita em 2026 foi em Goiânia: o seu candidato, Fred Rodrigues (PL), foi derrotado por Sandro Mabel (União), este que foi apoiado pelo governador Ronaldo Caiado.