O pastor Vilso Soares dos Santos se disse vítima de uma “comissão de inquisição” e que está sendo injustiçado e sofrendo preconceito. A Comissão a qual o vereador se refere é a de Ética, que analisou provas e realizou diligências para apurar denúncia do Ministério Público por ele morar em Lages. Nesta segunda-feira, a comissão apresentou relatório e pediu a cassação do mandato do pastor. “Seus fundamentos são o preconceito, a ilegalidade e a mentira”, disse.
Vilso Soares usou a tribuna para tecer críticas aos colegas vereadores. “Já comecei este processo condenado pela comissão de inquisição, que conduziu um processo parcial e voltado a justificar a condenação. Foram surdos à minha defesa e à realidade dos fatos”, disse.
Dizendo que a sua defesa não teve a oportunidade de acompanhar qualquer procedimento, o pastor disparou: “As minhas testemunhas não foram ouvidas e os documentos trazidos não foram considerados. Rasgaram a Constituição”, completou.
O vereador Vilso acusou ainda as testemunhas ouvidas pela comissão de serem mentirosas. “A minha casa não está alugada. O senhor Elisandro não paga aluguel, porque ele possui residência própria neste município”, declarou.
Na continuidade, o pastor afirmou que a Comissão usou de frases soltas e “achismos” para a condenação. “Mas não considera as palavras do próprio presidente da igreja Quadrangular de que eu exerço atividades de trabalho pela própria igreja aqui em Caçador”, se defendeu.
Mesmo a votação no plenário ainda não ter acontecido, o vereador Vilso afirmou ser vítima de um relatório político e que vai recorrer da decisão. “Vamos aguardar a Justiça”, finalizou.
O presidente da Comissão, Valmor de Paula, respondeu as declarações do pastor. “Ele deveria responder porque ficou no hotel Kindermann por 4 oportunidades com notas fiscais que estão no processo. Responder porque o pastor Narciso Parisotto declarou que hoje ele trabalha na cidade de Lages e também porque as cinco pessoas, três ligadas à igreja, afirmaram categoricamente que ele não reside mais em Caçador”, disparou Valmor.
Valmor fez questão de afirmar que o pastor não pode atribuir à Comissão que fez toda a investigação o problema da sua transferência para Lages. “Porque ele sabia que o artigo 35 da Lei Orgânica Municipal diz que se não residir mais no município, a pena é a perda de mandato. Se ele sabia que iria ser transferido, deveria ter renunciado em respeito aos seus eleitores”, finalizou Valmor.
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