O Nipah é um vírus altamente mortal e de rápida disseminação que está assustando a população da Índia, no Sul da Ásia. Duas pessoas já morreram e as autoridades sanitárias locais estão em alerta para um aumento repentino no número de casos. Especialistas dizem que, até o momento, as chances do vírus chegar ao Brasil são baixas.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Nipah já tinha sido detectado no continente asiático no ano de 1999, na Malásia, em uma fazenda que abrigava uma criação de suínos.
Os porcos e os morcegos são os principais hospedeiros desse patógeno que pertence à mesma família dos vírus causadores da caxumba e do sarampo, mas, o infectologista Amaury Mielle Filho afirma que nem todos os morcegos são vetores do Nipah.
“O vírus, em geral, é contraído do contato com os morcegos, mas os não-hematófagos, o que dificilmente teria problemas para o ser humano, já que eles se alimentam apenas de frutos. O vírus oferece perigo ao ser humano quando ganha um hospedeiro intermediário, nesse caso, o porco”, explica o especialista.
O local em que as 5 pessoas foram identificadas com a infecção fica no distrito de Kozhikode, ao norte de Kerala, estado indiano. A orientação das autoridades sanitárias é de que as pessoas evitem aglomerações.
Sintomas da infecção
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor de garganta
- Dor muscular
- Vômito
Algumas pessoas também podem apresentar alteração de consciência, sonolência e tontura.
Contágio do Nipah entre seres humanos
O infectologista explica que o contágio do Nipah não é tão rápido quanto o de outros vírus mais conhecidos, como o SARS-CoV-2, causador da Covid-19.
“A tendência, até o momento, não é a de virar uma pandemia, porque essa transmissão inter-humana não é tão relevante como é o SARS-CoV-2 e o Influenza, por exemplo. É uma situação de alerta, então dizemos que é um surto, nesse caso, em áreas especificamente muito povoadas”, pontua Amaury.
A OMS indica o período de incubação – intervalo entre a contaminação e a manifestação dos sintomas – em média, é de 4 a 14 dias.
Com informações ND Mais