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“Não era para eu estar viva”, revela jovem em tratamento após participar do jogo “Baleia Azul”

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Um caso do polêmico jogo da “Baleia Azul” foi registrado no município de Joaçaba. O chamado desafio está fazendo muitas vítimas pelo país afora, inclusive na região. Uma jovem de 25 anos, nome fictício Joana, moradora de Joaçaba, é mais uma de tantas que vem sendo registradas. Ela entrou em contato com o Michel Teixeira Notícias na noite desta terça-feira após tomar conhecimento dos casos investigados pela polícia em Santa Catarina.

Ela conta que por volta das 4h desta segunda-feira (17) procurou na intemet sobre o funcionamento do jogo. Joana diz que ficou curiosa após ver reportagens na televisão sobre o assunto e também publicações no facebook.

A jovem relata que pelo Youtube assistiu um vídeo contendo a lista de 50 fases do jogo. Segundo ela, nas primeiras quatro horas era preciso assistir filmes de terror, nas outras cinco provocar cortes pelo corpo e no final, se suicidar.

Joana explica que o participante precisa entrar um grupo de facebook. Nesse grupo, geralmente fechado e com nomes relacionados a “Baleia Azul”, os chamados “curadores” enviam a lista de fases do jogo.

A jovem afirma que entrou em um grupo com o nome “Baleia Azul” e, de acordo com ela, para sair dele somente se suicidando. Ela revela que esteve prestes a cometer o suicídio, mas foi demovida após procurar ajuda de familiares. “Pensei [suicídio], mas eu pedi ajuda para os meus avós, minha família”, ressalta.

De acordo com a jovem, a mãe soube da intenção da filha e falou aos avós da jovem na segunda feira. “Meus avós falaram que não era para fazer isso, então ontem não almocei, só tomei água, cheguei chorando para minha vó de tarde, então fomos lá no SUS e a doutora me disse para eu ir no CAPS”, reforça.

De acordo com a jovem, a mãe soube da intenção da filha e falou aos avós da jovem na segunda feira. “Meus avós falaram que não era para fazer isso, então ontem não almocei, só tomei água, cheguei chorando para minha vó de tarde, então fomos lá no SUS e a doutora me disse para eu ir no CAPS”, reforça.

Joana reitera que o jogo leva diretamente o participante a dar fim à própria vida. “Não era pra eu estar viva não. Você tem que postar baleia azul e dizer eu fui uma baleia e daí cometer o suicídio”, detalha.

A jovem, que mora com a mãe, está indo a psicóloga e faz uso de medicamentos, um para dormir e outro para ficar calma. “Foi difícil, meu Deus”, exclama. Ela diz que acessa a intemet normalmente, mas evita entrar em redes sociais. Segundo ela, ainda restaram sequelas do famigerado jogo. “Fica aparecendo na minha mente [imagem da baleia], aquele choro dela dentro de um tubo de vidro, se debatendo, ai é horrível”.

Por fim, Joana destaca que graças à ajuda da família não chegou a se machucar, ou o que é pior, tirar a própria vida, e diz também que não conhece o autor das regras do jogo, e admite que não procurou a polícia por sentir vergonha do que passou.

“Eu não quero participar disso aí, eu sou nova, quero aproveitar minha vida”, resume.

Com informações de Michel Teixeira

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