O motorista de um aplicativo que foi preso em Joaçaba acusado de ter estuprado uma jovem após uma corrida, foi condenado a 10 anos e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado. A sentença, proferida pelo juiz de direito Márcio Umberto Bragaglia, foi publicada na última sexta-feira (3). O magistrado também negou ao réu, que se encontra preso, o direito de recorrer em liberdade.
O crime ocorreu após uma festa na parte alta de Joaçaba na madrugada do dia 9 de novembro de 2019. De acordo com os autos, após não se sentir bem, a vítima avistou o veículo do aplicativo e não se importou em dividir a corrida com outros dois jovens que estavam no carro. O motorista primeiramente deixou os rapazes em seus destinos para depois entregar a moça, quando praticou o ato sexual.
Em depoimento na Delegacia, o acusado confirmou que manteve relações com a vítima, mas alegou que foi consensual, pois ela teria oferecido sexo em troca da corrida. A tese foi descartada pelo Ministério Público, pois a corrida custaria em torno de R$ 10,00, valor também cobrado dos outros passageiros, que não tinham dinheiro e ficaram devendo a corrida.
Para o promotor de justiça Protásio Campos Neto, a sentença ficou dentro dos parâmetros legais, pois se trata de um crime hediondo. “Embora tenha sido praticado sem a presença de testemunhas, as provas são fartas. Os jovens que estavam no carro confirmaram que ela estava embriagada, não tendo a mínima condição de se defender, além das provas técnicas e periciais, pois foi encontrado esperma nas partes íntimas da vítima”, avaliou o promotor, em entrevista à Rádio Líder.
Com informações Caco da Rosa