Quase 150 cidades já registraram transtornos, como inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra por causa das chuvas
O Rio Grande do Sul já registra 24 mortes causadas pelas fortes chuvas que atingem o estado desde o início da semana. Há outras 21 pessoas desaparecidas. Os dados constam no mais recente boletim divulgado pelo governo do estado gaúcho, às 12 horas desta quinta-feira, dia 2. Os boletins diários são atualizados às 9, 12 e 18 horas.
Na manhã de hoje, o governador Eduardo Leite (PSDB) se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma equipe de ministros na Base Aérea de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, uma das mais afetadas pelos temporais. O governador apresentou um panorama dos efeitos do evento meteorológico de proporções históricas que atingiu o estado e das ações de salvamento que estão em curso.
No encontro, como uma medida emergencial, ficou decidida a criação de uma Sala de Situação integrada, sob coordenação do comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, para organizar as operações de resgate em todas as regiões atingidas.
“Precisamos de todos os recursos técnicos e humanos para salvar vidas neste momento. Estamos testemunhando um desastre histórico, infelizmente. Os prejuízos materiais são gigantescos, mas nosso foco neste momento são os resgates. Ainda há pessoas aguardando o socorro”, disse Leite, que destacou as dificuldades meteorológicas ainda existentes, que retardam as operações.
Calamidade pública
Eduardo Leite decretou estado de calamidade pública nesta quarta-feira, dia 1º. Em coletiva feita na sede da Defesa Civil, em Porto Alegre, transmitida nas redes sociais, ele disse que o temporal “será o maior desastre do estado”.
O decreto, publicado no Diário Oficial do Estado e que ficará em vigor por 180 dias, destaca que o Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, sendo classificados como desastres de Nível III – caracterizados por danos e prejuízos elevados.
Com informações Oeste Mais