O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) requisitou ao Comando da Polícia Militar a instauração de inquérito policial militar para apuração do suposto envolvimento de um oficial catarinense em cenas machistas, racistas e de assédio a uma jovem estrangeira durante a Copa do Mundo na Rússia.
O Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, titular da 5ª Promotoria de Justiça da Capital, com atuação na área criminal militar, também requisitou a instauração de procedimento para a Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
Um vídeo que começou a circular nas redes sociais no final de semana mostra um grupo de brasileiros gritando frases machistas a uma mulher. Para o Promotor de Justiça, o vídeo demonstra supostamente cenas de racismo, crime previsto na Lei n. 7.716/89, uma vez que, ao glorificar a cor da moça (branca), implica-se que outros tons de pele são inferiores.
“Os fatos noticiados indicam que há indícios de cometimento, em tese, de crime militar, ainda que perpetrado no estrangeiro, notadamente porque num dos vídeos o cidadão se identifica como primeiro temente”, explica o Promotor de Justiça no despacho encaminhado ao Comando da Polícia Militar e à Corregedoria-Geral da PM nesta terça-feira (19).
O comando da PM no estado divulgou, ontem, uma nota em que informa que apesar de estar de férias, o policial terá de responder pela atitude a corporação abrirá um processo administrativo.
Lembre o caso
Um vídeo gravado na Rússia mostra um grupo de torcedores brasileiros praticando machismo e misoginia A cena causou revolta e indignação na internet. Um dos homens é Eduardo Nunes, tenente da Policia Militar, em Lages.
Nas imagens a mulher aparenta não entender a língua portuguesa e os homens a incentivam a repetir a frase, que faz referência ao órgão sexual feminino, como se fosse um hino de torcida.
Com informações Correio Lageano