De acordo com Moreira (1997), a adequação ambiental do ensino se refere à modernidade do ensino, às suas respostas aos problemas sociais, econômicos e políticos da sociedade, à velocidade com que incorpora e divulga novos conhecimentos e teorias e ao grau em que acompanha o que há de mais moderno em nível mundial.
Abrange também, a elaboração do currículo, exigindo uma revisão constante dos programas e uma grande interação com outras universidades em níveis nacional e mundial. Aspectos estes, que se ligam diretamente a uma proposta mais ampla de aprimoramento da metodologia do ensino superior.
Já a adequação instrumental, ainda de acordo com Moraes, parte do princípio de que existem técnicas e instrumentos de ensino melhor ou pior adaptados às necessidades de cada campo de conhecimento e cada uma de suas partições em particular.
Moreira (1997), por seu turno, ressalta que grande parte da literatura sobre qualidade total, como por exemplo, Santos (1994); Ramos (1992) e Miranda (1994), entre outros. Tendem a simplesmente sugerir literalmente os “mandamentos” empregados nas organizações industriais e comerciais no processo de qualidade educacional. Salienta ainda que alguns têm até comparado pura e simplesmente a instituição acadêmica como uma indústria.
Miranda, apud Moreira (1997, p.172), argumenta que:
“O processo ensino-aprendizagem pode ser comparado a um processo industrial (sic), na medida que ambos prevêem uma entrada, um processamento e resultam num produto acabado, seja ele uma peça ou um indivíduo devidamente preparado…”.
Observa-se que de acordo com as peculiaridades e os objetivos de cada disciplina acadêmica, existe uma gama de recursos instrucionais à disposição dos responsáveis e encarregados da metodologia (aulas expositivas, leituras orientadas, discussão em grupos, projetos, uso de recursos tecnológicos, etc).
Tratando-se da avaliação da qualidade de ensino no contexto interno, Moreira (1997), expõe que a prática parecer ser mais limitadora. Visto que, na maioria das vezes, os programas de avaliação são centrados exclusivamente nos professores, e também com “indesejável freqüência”, a avaliação é simplesmente a média da opinião dos alunos, através de questionários formais e, nem sempre bem elaborados.
O autor ressalta que, não se trata de negar quaisquer utilidades a estes questionários de avaliação, pois podem até mesmo servir como guia para intervenção e auxiliar docentes e gestores no processo decisório.