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Mesmo não podendo receber presos de outras comarcas, Presídio de Caçador está muito acima de sua capacidade

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O problema de super lotação em unidades prisionais atinge todo o país. O número de entrada de presos continua sendo maior do que a de saída. Em Caçador, o Presídio Regional de Caçador tem uma portaria que proíbe entrada de presos de outras comarcas, sendo unicamente Caçador, Calmon, Lebon Régis e Santa Cecília, entretanto, todos os dias têm novos detentos.

O diretor do presidio, Wilton Lazarotto, atualmente a unidade 264 detentos, muitas deles presos provisórios, regime semiaberto e fechado. A capacidade é de 75 vagas masculinas, porém há muitos anos não consegue chegar a sua capacidade, trabalhando sempre acima.

“Hoje temos 258 presos masculinos e seis mulheres, sendo uma com uma criança recém-nascida. A capacidade da ala feminina é um pouco maior. No sistema prisional hoje, são poucas unidades que não estão interditadas, pois a super lotação é um problema de todos os gestores. Presídios, UPAS e Penitenciárias da região enfrentam esse problema da lotação, mas o Estado está buscando alternativas e construir mais unidades, entretanto, até que isso aconteça, nós vamos buscando alternativas para minimizar a situação”, disse.

De acordo com o diretor, as formas para tentar minimizar a lotação é o estudo, sendo que o Presídio Regional de Caçador tem quase 100 presos estudando, cinco presos passaram no ENEM e três em curso superior.

Outra forma são as atividades e trabalhos, sendo que muitos presos trabalham fora durante o dia o que desafoga bastante e retornam a noite para dormir e vão para celas separadas e outros para as celas internas, o que acaba afogando um pouco, mas nada que fuja do controle.

“Hoje temos também muitos presos provisórios, como presos por embriaguez ao volante, violência doméstica e pensão alimentícia, que são presos de curta duração, porém acaba somando na super lotação tendo muita rotatividade”, disse.

O diretor explica que em função da rotatividade oscila muito o número de vagas onde que já chegou em um dia a 280 presos e poucos dias depois caiu para 250. “Próximo a festividades, exemplo do Carnaval é muito comum a população carcerária aumentar por questões de embriaguez ao volante, mas sabemos que são pessoas que logo estarão soltas” frisou.

Quanto a ala feminina, há alguns meses foram transferidas 23 presas para o Presídio Regional Feminino, em Chapecó, porém  a unidade de Caçador segue sendo misto, recebendo homens e mulheres.

Com essa transferência, na época diminuiu significativamente a quantidade de presos, porém diariamente chegam em média 2 a 5 presos na unidade de Caçador.

 

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