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Menino diz que era torturado pela cunhada por não limpar o banheiro

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O menino de 11 anos que foi resgatado com sinais tortura em Goiânia (GO) disse à Polícia Civil nesta sexta-feira (13) que apanhava da cunhada por não limpar o banheiro ou fazer os serviços de casa. De acordo com a delegada Paula Meotti, a criança confirmou em depoimento que era torturada quase que diariamente pelo irmão, um auxiliar de motorista, de 28 anos, e pela mulher dele.

“Os motivos das agressões eram banais. Ele até mencionou que o relacionamento entre o irmão e a cunhada era muito instável. Ele imagina que talvez seja por conta dessa irritação que o irmão o agredia. A cunhada também o agredia em virtude de ficar irritada com o irmão e eles descontavam os problemas familiares nesta criança. Ela o agredia muito por não limpar direito o banheiro, não fazer serviços de casa”, afirmou a delegada.

O menino prestou depoimento nesta manhã na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, na capital goiana. O irmão dele foi preso na preso na terça-feira (10), na Vila Santa Helena, após denúncia de uma vizinha.

A criança apresentava ferimentos na perna, cabeça e costelas. À PM, o suspeito afirmou que havia batido no irmão apenas para educá-lo. O jovem foi detido, mas liberado após passar por uma audiência de custódia. Já o garoto foi levado a um abrigo.

A delegada disse que durante todo o depoimento a vítima temia encontrar o suspeito das agressões. Ela afirma que o menino apresentou várias características de crianças vítimas de agressões há um longo período.

“Ele é uma criança bastante ingênua, bastante educada, ele demonstra bastante temor. É uma criança bastante acuada, o que é um indício bem forte de que ele vem sofrendo algum tipo de agressão. Me indagou se tinha possibilidade dele encontrar o irmão nesta delegacia, se tinha possibilidade do irmão ter acesso a ele no abrigo, porque ele tem muito medo do que o irmão possa fazer com ele. Ele demonstra muito medo do irmão”, disse.

Paula Meotti disse que a mulher do suspeito de torturar o irmão deve ser ouvida pela polícia na próxima semana. Ela, que também foi apontada pela vítima como autora do crime, foi encontrada em Mato Grosso. O advogado dela informou à polícia goiana que ela fugiu de casa porque o marido era “agressivo”.

Uma decisão expedida pelo juiz Oscar de Oliveira Sá Neto determina que o menino seja entregue à mãe, que mora no Maranhão.  O Conselho Tutelar deve providenciar a ida da criança.

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Agressões
O garoto passou a morar com o irmão mais velho e a cunhada quando o pai morreu, pois a mãe vive no Maranhão. Ao ser resgatado, ele afirmou que era agredido praticamente todos os dias há pelo menos um ano. Ele alegou ainda que era amordaçado e passava fome, pois era proibido de comer e, às vezes, tinha que cozinhar escondido.

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“Ela [cunhada] que gosta de me amarrar muito. Me amarrava no pescoço e amarrava as minhas mãos. Me amarrava de um jeito que, se puxasse minha mão, ia me enforcar. Colocava ‘trem’ na minha boca para eu não falar, tipo um pano, passava fita. Tinha chute. Cinto era de vez em quando”, relatou o menino.

No entanto, o auxiliar negou as acusações. Disse que bateu uma única vez no irmão por causa de um perfume após ficar “nervoso”. “Nuca o amordacei nem deixei sem comida. Faço de tudo para manter sempre uma vida boa para ele”, afirmou.

O soldado a PM Danilo Xavier chorou ao fazer o resgate. “Eu já vi muita coisa, mas a situação que eu encontrei essa criança hoje, eu nunca tinha visto. Quando eu entrei no barraco, a criança começou a chorar muito desesperada”, disse.

wpp

 

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