Uma comovente tragédia abalou a cidade de Londrinha, no Paraná, nesta segunda-feira (8), com a triste notícia do falecimento de Maria Julia Adriano. A criança, de apenas 8 anos, foi vítima de um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico. A pequena Maria Julia estava internada no Hospital Universitário de Londrina, no Norte do Paraná.
Segundo o portal RIC Mais, a fatalidade comoveu familiares e amigos, que utilizaram as redes sociais para compartilhar a dor da perda e pedir apoio em orações.
O que é AVC hemorrágico?
O AVC hemorrágico é caracterizado pelo rompimento de vasos sanguíneos no cérebro, causando paralisia em áreas cerebrais específicas. Geralmente, esse tipo de ocorrência está associado a fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, obesidade, tabagismo, além de histórico familiar e outros elementos.
Como uma criança pode ter um AVC?
Segundo a médica neurologista e professora do IDOMED (Instituto de Educação Médica), Adriana Moro, o AVC não é comum em crianças.
“Isto pensando que a principal causa de AVC nos adultos são doenças sistêmicas que são geralmente doenças relacionadas ao próprio estilo de vida como a hipertensão arterial diabetes mellitus dislipidemia, obesidade sedentarismo e tabagismo”, diz a neurologista.
Segundo ela, nas crianças isso por si, a principal causa da condição de um AVC hemorrágico é decorrente de malformações na maioria dos casos. Assim, estas mesmas mal formações nas artérias venosas entopem e prejudicam os pacientes.
O AVC hemorrágico tem como causa, principalmente, a pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma. No entanto, também pode ser provocado por outros fatores, como:
- Hemofilia ou outros distúrbios coagulação do sangue;
- Ferimentos na cabeça ou no pescoço;
- Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro;Arritmias cardíacas;
- Doenças das válvulas cardíacas;
- Defeitos cardíacos congênitos;
- Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), que pode ser provocada por infecções a partir de doenças como sífilis, doença de Lyme, vasculite e tuberculose;
- Insuficiência cardíaca;
- Infarto agudo do miocárdio.
Sintomas de AVC
- Segundo o Ministério da Saúde estes são os sintomas de AVC:
- Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
- Confusão mental;
- Alteração da fala ou compreensão;
- Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
- Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
Diagnóstico
O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, demonstrando sinais precoces de isquemia.
Fatores de risco
- Hipertensão;
- Diabetes tipo 2;
- Colesterol alto;
- Sobrepeso;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Uso excessivo de álcool;
- Idade avançada;
- Sedentarismo;
- Uso de drogas ilícitas;
- Histórico familiar;
- Ser do sexo masculino.
Prevenção
De acordo com o Ministério da Saúde, muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC e de outras doenças crônicas, como câncer e diabetes.
Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, dependem apenas da pessoa e são os principais para prevenir essas doenças.
- Não fumar;
- Não consumir álcool;
- Não fazer uso de drogas ilícitas;
- Manter alimentação saudável;
- Manter o peso ideal;
- Beber bastante água;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Manter a pressão sob controle;
- Manter a glicose sob controle.
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