Magistrado foi juiz do TSE e teve participação em relatório contra urnas eletrônicas, segundo a Polícia Federal.
O magistrado, que atualmente trabalha no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), atuou entre 2019 e 2022 na Assessoria de Gestão da Identificação do Gabinete da Secretaria-Geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Inclusive, nas eleições de 2020, ele integrou o Programa de Enfrentamento à Desinformação da Corte.
Ligação com relatório do IVL
A PF encontrou indícios de que Vieira teria solicitado ao presidente do IVL, Carlos Rocha, uma versão final do relatório com adendos específicos. A solicitação foi feita em uma conversa entre o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, ocorrida em 16 de novembro de 2022.
Impacto da revelação
A citação do nome do juiz catarinense no relatório da PF gerou grande repercussão, uma vez que questiona a imparcialidade de um magistrado que atuou em um órgão responsável pela segurança das eleições. A participação de Vieira na elaboração de um relatório que atacava as urnas eletrônicas contradiz o papel que ele desempenhou no TSE.