Em almoço nesta terça-feira (31), em São Paulo, Gelson Merísio (Solidariedade), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e presidente estadual e pré-candidato ao governo, Décio Lima, do PT, se encontraram para tratar sobre o cenário eleitoral.
Segundo o ex-deputado Décio, foram duas horas de conversa, onde abordaram as perspectivas para a frente majoritária e a vinda de Lula a Santa Catarina.
O encontro ocorreu um dia após o anúncio do cancelamento da vinda de Lula ao Estado.
Ele estaria em Florianópolis na quinta (2) e sexta-feira (3), com o vice na chapa presidencial petista, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).
De acordo com a equipe, o encontro não poderia ser realizado devido a ausência de locais adequados e instabilidade climática. “Estamos falando de um candidato à presidência da república que lidera as pesquisas, a expectativa é de no mínimo 5 mil pessoas”, afirmou Décio.
Gelson Merísio reforçou que o ato público foi adiado por questões de logística, agenda e espaço, sem conotação política.
A reunião, segundo Décio, reafirma a aliança do PSB à frente ampla, o deputado comentou que a unidade deles, com o propósito de ajudar o presidente Lula, ‘é inabalável’.
Merísio ressaltou que ainda é cedo para determinar as convenções, mas que, segundo ele, “no momento o melhor candidato é o Décio ao governo do Estado e Lula à presidência, eu não teria nenhum problema de apoiar esse projeto”, mas que a perspectiva pode mudar. “É provável que eu não venha ser candidato, mas não é impossível”, disse.
Na segunda-feira (30), o PSB de Santa Catarina havia pedido o cancelamento da visita de Lula ao Estado. Os motivos seriam, segundo o presidente do PSB catarinense, Cláudio Vignatti, a falta de definição sobre o pré-candidato ao governo da frente de esquerda em Santa Catarina e também o estado de saúde do pré-candidato Dário Berger (PSB), que passou por cirurgia no dia 24 de maio.
O senador Dário e Décio Lima são os dois nomes que disputam para representar a frente de partidos de esquerda nas eleições para o governo do Estado. Vignatti afirmou que há a necessidade de um acordo político antes de realizar o encontro com Lula no Estado. “Hoje temos duas candidaturas em disputa. Precisamos construir o entendimento em torno de uma”, ressaltou Vignatti. “Não entendi porque os candidatos viriam [agora]. Se é pra vir, precisa acertar o baralho”, concluiu.
Com informações ND Mais