O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deu uma declaração dúbia, nesta sexta-feira (6/1), na primeira reunião ministerial de seu terceiro mandato. Ele afirmou que não deixará nenhum de seus ministros “no meio da estrada”, mas garantiu que quem errar “vai ser convidado a deixar o governo”. O petista não citou especificamente o nome da ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, envolvida em polêmicas após reportagens apontarem ligação dela com milicianos.
“Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada. Não deixarei nenhum de vocês”, disse Lula, em discurso na abertura da reunião. A fala inicial foi transmitida ao vivo pela EBC.
Em seguida, falou sobre possíveis erros. “Todo mundo sabe da nossa responsabilidade. Todo mundo sabe que a nossa obrigação é fazer coisas corretas, é fazer as coisas da melhor forma possível. Quem fizer errado, sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”.
O mandatário disse ainda não ter vergonha de montar governo “com gente da política”. “Não quero criminalizar a política”, salientou.
Foi a primeira vez, desde que assumiu ao cargo, em 1º de janeiro deste ano, que o petista reuniu seus 37 ministros de Estado, na Sala do Palácio do Planalto, em Brasília.
O encontro estava previsto para começar às 9h30, mas teve início perto das 10h. Entre os 37 ministros está Geraldo Alckmin (PSB), que além de ministro da Indústria e Comércio, também exerce o cargo de vice-presidente da República.
Além dos ministros, também participam os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após a sua posse, realizou sua primeira reunião ministerial em 3 de janeiro de 2019.
Confira quem são os ministros de Lula
Fernando Haddad (PT) – Ministério da Fazenda
Flávio Dino (PSB) – Ministério da Justiça
José Múcio Monteiro – Ministério da Defes
Mauro Vieira – Ministério das Relações Exteriores
Rui Costa (PT) – Casa Civil
Alexandre Padilha (PT) – Secretaria de Relações Institucionais
Márcio Macedo (PT) – Secretaria-Geral da Presidência da República
Jorge Messias – Advocacia-Geral da União
Nísia Trindade – Ministério da Saúde
Camilo Santana (PT) – Ministério da Educação
Esther Dweck – Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos
Márcio França (PSB) – Ministério de Portos e Aeroportos
Luciana Santos (PCdoB) – Ministério da Ciência e Tecnologia
Cida Gonçalves – Ministério das Mulheres
Wellington Dias (PT) – Ministério do Desenvolvimento Socia
Margareth Menezes – Ministério da Cultura
Luiz Marinho (PT) – Ministério do Trabalh
Anielle Franco – Ministério da Igualdade Racial
Silvio Almeida – Ministério dos Direitos Humano
Geraldo Alckmin (PSB) – Ministério da Indústria e Comércio
Vinícius Carvalho – Controladoria-Geral da União
Gonçalves Dias – Gabinete de Segurança Institucional
Paulo Pimenta (PT) – Secretaria de Comunicação
Carlos Fávaro (PSD) – Ministério da Agricultura
Waldez Góes (PDT) – Ministério da Integração
André de Paula (PSD) – Ministério da Pesca
Carlos Lupi (PDT) – Ministério da Previdência
Jader Filho (MDB) – Ministério das Cidades
Juscelino Filho (União Brasil) – Ministério das Comunicações
Alexandre Silveira (PSD) – Ministério de Minas e Energia
Paulo Teixeira (PT) – Ministério do Desenvolvimento Agrário
Ana Moser – Ministério do Esporte
Marina Silva (Rede) – Ministério do Meio Ambiente
Simone Tebet (MDB) – Ministério do Planejamento
Daniela Souza Carneiro (União Brasil) – Ministério do Turismo
Sonia Guajajara (PSOL) – Ministério dos Povos Originário
Renan Filho (MDB) – Ministério dos Transportes
Com informações Metrópoles