O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai assinar, nesta quinta-feira (2) no Palácio do Planalto, a Medida Provisória que vai recriar o novo Bolsa Família, em Brasília.
O programa de transferência de renda vai contar com o retorno das condicionantes e com a nova base de cálculo. As informações são do R7.
Na retomada do programa, o pagamento será de R$ 600 e serão criados dois novos benefícios complementares, levando em conta o tamanho e as características de cada família. Um deles é voltado para dar atenção à primeira infância – sendo R$ 150 para cada criança de até seis anos. O segundo, por sua vez, de renda e cidadania, prevê R$ 50 para cada integrante com idade entre sete e 18 anos incompletos e gestantes.
Dessa forma, os beneficiários vão receber no mínimo R$ 600, como prometido por Lula durante a campanha eleitoral. O objetivo do governo é garantir que famílias maiores recebam mais recursos, como forma de combater a desigualdade.
Novo cálculo na base
A informação do novo cálculo com base no número de integrantes da família havia sido confirmada na terça (28) pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “Terá uma regra que leva em conta a renda per capita e o tamanho de cada família para que a gente tenha mais justiça nessa transferência de renda”, afirmou o titular.
Em contrapartida, o governo vai retomar as condicionantes do programa, como a carteira de vacinação, a frequência escolar das crianças e o acompanhamento pré-natal para gestantes. As mudanças deverão ampliar os gastos do Bolsa Família. O governo alega, contudo, que serão compensados com a retirada de beneficiários irregulares.
Para serem habilitados, os interessados precisam atender a critérios de elegibilidade. A seleção para se tornar beneficiário considera a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas em cada cidade e o limite orçamentário. Com a nova legislação, terão acesso ao programa todas as famílias que têm renda de até R$ 218 por pessoa.
Pente-fino
Em entrevista à Record TV, à Record News e ao R7, Dias destacou que o governo federal fará um pente-fino no programa. Há, ao menos, 2,5 milhões de beneficiários inscritos indevidamente, do total de 21,8 milhões de participantes.
“Vamos atualizar todo o cadastro. Há indícios muito grandes de que 2,5 milhões de beneficiários não preenchem os requisitos e estão [incluídos no programa] indevidamente. Aprovamos a revisão do cadastro, com o setor social, estados e municípios”, disse ele na ocasião.
Para participar do programa, conforme explicou Dias, os beneficiários deverão agendar o atendimento em uma das 12 mil unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) espalhadas pelo país. A partir da atualização de documentos, haverá o cruzamento dos dados com outras bases, como o Cadastro Único, a Caixa e a Previdência Social, além de informações dos municípios.
Com informações ND Mais