O governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB) foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, dentro do Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do executivo, em um desdobramento da operação Lava Jato. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça.
Na ação, a Procuradoria-Geral da República disse que o governador integra o núcleo político de uma organização criminosa que cometeu vários crimes contra a administração pública, com destaque para corrupção e lavagem de dinheiro. O político do MDB foi alvo de delação premiada de Carlos Miranda, suspeito de ser operador financeiro de esquemas de seu antecessor, Sergio Cabral, de quem foi vice-governador.
O delator acusou Pezão de receber mesadas de 150 mil reais entre 2007 a 2014, na época em que Pezão, então vice, era secretário de obras do governo estadual. De acordo com a PGR, os valores somariam mais de 25 milhões de reais no período, enquanto durou o mandato do ex-governador, preso desde novembro de 2016 — atualizado, o montante chega a 39 milhões. Os repasses, segundo a delação, continuaram quando Cabral passou o comando do estado a Pezão.
No pedido de prisão preventiva ao STJ, a procuradora-geral Raquel Dodge argumentou que Pezão poderia dificultar a recuperação dos valores, além de ocultar o patrimônio adquirido em decorrência da prática criminosa. Ela vai conceder uma entrevista coletiva, prevista para as 9h, com mais informações sobre a operação.
Com informações Veja