O Senado aprovou nesta terça-feira (11) o texto da reforma trabalhista. Para virar lei, as novas regras ainda dependem da sanção do presidente Michel Temer. A reforma muda a lei trabalhista brasileira e traz novas definições sobre férias, jornada de trabalho e outras questões.
De acordo com o sindicalista Valmor de Paula, a decisão já era esperada. “Imaginamos que as mudanças seriam aprovadas, porém acreditávamos que houvesse bom senso”, enalteceu.
O sindicalista citou alguns exemplos de perdas que serão sofridas com a reforma. “As mulheres não terão mais direito aos seis meses de amamentação. Além disso, em locais de insalubridade leve e média, as gestantes terão que cumprir horário, o que hoje não é permitido. Com a terceirização ampla e irrestrita, o trabalhador passa a ser um prestador de serviço, perdendo direitos como férias e 13º salário”, comentou.
Ele disse ainda que, de uma maneira geral, os trabalhadores serão os maiores prejudicados. “Quando se reduz direitos, se reduz receita e isso gera desemprego. O desemprego gera queda na renda e isso é prejudicial aos trabalhadores de uma forma geral”, acrescentou.
Para o vice-presidente regional da Fiesc, Gilberto Seleme, a reforma é a modernização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Todos ganham com isso. Os trabalhadores, que têm seus direitos garantidos e os empresários, que têm uma segurança jurídica”, enalteceu.
Seleme comentou que a nova legislação permite que sejam feitas adaptações. “Não se pode aplicar as mesmas regras para regiões diferentes. Temos que seguir a constituição e a reforma permite que se adapte de acordo com as necessidades. A maioria vai ser beneficiada, principalmente na nossa região, que é industrializada”, citou.
O vice-presidente regional da Fiesc disse ainda que essa é uma maneira de beneficiar ambos os lados. “A reforma trabalhista é um grande passo que foi dado. Ela não tira nenhum direito básico dos trabalhadores. Todos estão garantidos”, completou.