Na última quarta-feira (23), a notícia de um furto em uma escola de Brusque, no Vale do Itajaí, chamou a atenção dos moradores do bairro Volta Grande. Porém, o caso ganhou uma reviravolta horas mais tarde, revelando uma carta com um curioso pedido de desculpas.
O fato aconteceu na Escola de Ensino Fundamental Ayres Gevaerd e a diretora da escola, Angela Weiss, falou sobre o assunto. Moradora do bairro Volta Grande e profissional da unidade há 14 anos, ela disse que conseguiu identificar o suspeito na tarde de quarta-feira (23) com a ajuda de câmeras de segurança.
“Foi descoberto que o horário da entrada dele foi às 20h de terça-feira (22) e que ele havia entrado pelos fundos da escola. Na verdade, é uma lateral, que tem um terreno baldio. (…) Ele foi até um lugar, comprou cigarro, voltou, a câmera (de segurança) do outro lado pegou, a nossa câmera pegou, então foi fechando todo um ciclo. (…) Aí ele saiu pelo parquinho, pulou a cerca e foi embora”, conta.
Pedido de desculpas estava em carta deixada na porta de uma sala
Mesmo com o pedido de desculpas curioso na carta, as imagens da ação foram entregues à Polícia Civil de Brusque, que abriu inquérito sobre o caso. A diretora ainda revelou que o suspeito fez uma pichação em um armário da sala de aula que invadiu.
A diretora nega que a janela por onde o suspeito entrou estaria com a fechadura danificada. Ela disse que, na verdade, o envolvido teria arrombado a janela para conseguir entrar e fez isso em mais de uma janela.
Logo, o argumento escrito na carta do suspeito, que estaria protestando por melhorias na escola, não procede, segundo o relato da diretora. Outro ponto rebatido é o fato que ele cita na carta, se identificando como aluno. O suspeito, porém, não estuda mais na unidade.
“Na sala que havia sido o furto, eu tinha feito uma conversa na turma da manhã e na turma da tarde. No caso da turma da tarde, inclusive falei que a gente tinha visto nas câmeras e que sabíamos quem era, porque tinha a imagem da pessoa. E provavelmente isso chegou aos ouvidos dela”, opina Angela Weiss.
‘Não tem devolução que pague’
Segundo a diretora, mesmo com a carta e a devolução dos produtos, a escola irá buscar reparar os danos relacionados ao suporte do projetor. O equipamento eletrônico sofreu avarias e até pegou água, mas continua funcionando.
“Não é porque ele devolveu que vai apagar o crime que ele cometeu. (…) A polícia vai continuar o inquérito, a investigação, tudo certinho. (…) O estresse que a gente passou não tem devolução que pague, só que, graças a Deus, a gente conseguiu recuperar, porque esse data-show tem um valor de R$ 3 a 4 mil reais”, finaliza.
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