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Justiça recebe denúncia contra Beto Comazzetto sobre desvios do “Asfalto para Todos”

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O Poder Judiciário aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina contra o ex-prefeito, Gilberto Amaro Comazzetto, o ex-secretário de administração, Jovane Scremin e o ex-secretário da Fazenda, Gilberto Haudsch, por desvio de dinheiro do programa “Asfalto para Todos”. Eles foram investigados pelo desvio de cerca de R$ 1,4 milhão das contas das ruas de contribuintes.

A promotora da 2ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Caçador, Roberta Ceolla Gaudêncio de Moraes, que investiga crimes contra administração pública, comentou que as investigações iniciaram no ano de 2016, pela Polícia Civil, através da DIC, onde foram cumpridos mandados de busca no prédio da Prefeitura e também na casa do então prefeito, onde que ele foi preso por posse ilegal de arma de fogo.

A promotora disse ainda que o programa consistia em os moradores pagar parte do custo do asfaltamento de determinada rua em depósito em contas da Caixa Econômica Federal. Foi aberta uma conta para cada rua que pertencia ao programa. Entretanto, esses valores de cada rua foram transferidos para a conta geral da Prefeitura, onde que não se pode esclarecer a real destinação.

Os três denunciados são suspeitos de associação criminosa, desvio e emprego irregular de dinheiro público e ainda poderão responder a outro inquérito aberto, a de improbidade administrativa.

O dinheiro foi pago pelos moradores que tinham a opção de pagar à vista, ou em até 15 vezes. Os boletos emitidos pela própria Prefeitura de Caçador, qual entregava o boleto ao morador com a conta da respectiva rua. Entretanto, o dinheiro foi usado para outras finalidades e o asfalto não saiu.

“Quero enaltecer o trabalho desenvolvido pela Polícia Civil, responsável pela investigação e pelo cumprimento dos mandados expedidos. Graças à qualidade do trabalho desenvolvido pela DIC, foi possível a apuração dos fatos, chegando-se ao indiciamento dos três envolvidos. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público e recebida pelo Poder Judiciário, aguardando-se a expedição dos mandados para cientificação dos réus, estando o processo criminal em tramitação”, disse.

Ainda conforme a promotora, o dinheiro foi usado principalmente para fechamento do caixa da Prefeitura de Final de Ano.

 

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