Foi condenado nesta quinta-feira, 23, Júlio Cezar dos Santos, a seis anos de reclusão em regime inicial fechado. Ele foi denunciado por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Diego Schneider, em março do ano passado. O réu foi submetido a júri popular.
A sessão foi presidida pelo juiz Gilberto Killian dos Anjos. A acusação foi feita pela promotora Daniele Diamante. Já na defesa atuou a promotora Elaine Caroline Masnik. O conselho de sentença foi formado por quatro homens e três mulheres.
O júri iniciou às 9h, com o sorteio dos jurados e em seguida o réu foi interrogado pelo juiz, acusação em defesa. Ele por sua vez confessou ter agredido Diego, juntamente com um menor de idade, porém negou ter a intenção de tirar a vida da vítima.
Em seguida foi a vez da promotora fazer a sua explanação do processo e defendeu a condenação total da denúncia, que além da tentativa duplamente qualificada por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, tinha também corrupção de menores, pelo fato de envolver um menor de idade.
As provas do caso foram apresentadas para os jurados, quais acataram a tese da acusação.
Já a defensora, alegou que não houve tentativa de homicídio e sim uma lesão corporal, e que não haviam provas o suficiente que apontassem tamanha gravidade. Para ela, o próprio laudo pericial afirmava que mesmo tantos ferimentos, maioria na cabeça, a vítima não correu risco de morte.
Os jurados entenderam que não houve a corrupção e absolveram o réu desta acusação.
O caso
No dia do crime, Diego estava na casa de Julio Cezar, no bairro Bello, onde foi brutalmente agredido pelo réu e mais um menor. Na sequência, foi colocado no porta malas do próprio carro e foi levado para um local ermo onde foi colocado no banco do motorista e agredido na cabeça com uma pedra.
O jovem só foi encontrado porque um amigo que estava junto e na hora da agressão saiu correndo e acionou a Polícia Militar.