Foram meses e meses de paqueras, promessas e acenos, mas, finalmente, o deputado e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro entrou em um relacionamento sério com o Patriota, o antigo PEN (Partido Ecológico Nacional), ao assinar sua pré-filiação.
O documento assinado hoje é um termo de compromisso, para deixar claras as intenções do moço. Mas a ficha de filiação só vai chegar às autoridades eleitorais quando a janela eleitoral for aberta.
Ou seja, por enquanto, o casamento é apenas no religioso. No civil mesmo, de papel passado, registrado em cartório e sem mudar de ideia, só por volta de março do ano que vem.
As conversas com Pastor Everaldo, presidente do PSC, para deixar a legenda pela qual se elegeu tiveram um final feliz ainda em agosto, quando o partido se comprometeu a não pedir o mandato do político na Justiça.
Naquela época, a ida para o então PEN era dada como certa — e Bolsonaro chegou inclusive a fazer uma lista de exigências para quem quisesse se candidatar pelo partido.
Mas depois o relacionamento pareceu esfriar.
O moço inclusive chegou a ser cotado como nome de um novo partido capitaneado por Valdemar Costa Neto (PR), mas a iniciativa do cacique condenado no mensalão acabou dando com os burros n’água.
Mais uma legenda que não teria a palavra “partido” em seu nome oficial, o Muda Brasil teve sua criação rejeitada pelo TSE.
E depois, Bolsonaro ainda entrou em uma guerra (ops!) verbal com o deputado federal Walney Rocha (RJ), no ex-PEN desde 2016.
Sem papas na língua, o polêmico parlamentar desceu o malho no partido, acusando políticos da legenda — sem dar nomes — de forjar candidaturas estaduais para serem usadas como moeda de troca na negociação de coligações. “Ou se pacifica, ou estou fora”, ameaçou.
Resultado: em documento oficial, o partido determinou que, quem quisesse concorrer à presidência deveria estar filiado e manifestar seu interesse até 11 de dezembro.
A assinatura aconteceu na manhã desta quinta-feira (23), em Brasília, ao lado de Adilson Barroso, presidente nacional da legenda, e de integrantes da Executiva.
Vão seguir o parlamentar seus três filhos, Flávio (deputado estadual do Rio), Eduardo (deputado federal por São Paulo) e Carlos (vereador do Rio), além do afilhado político Carlos Jordy (vereador de Niterói).