Ainda a festa
Ainda sobre a festa dos 81 anos de Caçador e a prestação de contas amadora encaminhada para a Câmara: as possíveis irregularidades apontadas poderão ser investigadas por uma CPI, composta pelos vereadores. Entretanto, essa é uma das hipóteses para se apontar se realmente houve furos nas festividades.
A outra e, ao que parece a mais provável, é de que o Ministério Público seja acionado e passe a investigar todas as irregularidades apontadas.
Algumas delas, inclusive, podem se configurar como pedaladas fiscais. Isso porque, existem déficits que foram apresentados e, para o seus pagamentos, empréstimos de valores.
Em termos práticos, os maiores afetados são o vereador Neri Vezaro, presidente da Comissão Central Organizadora e o prefeito Beto Comazzetto. O tesoureiro, Jovani Screminn, também pode ser penalizado, mas como já garantiu que no final do ano irá embora de Caçador, pouco irá se incomodar, pelo menos politicamente.
Caso o Ministério Público avalie que houve improbidade administrativa nos atos da CCO, Neri e Beto correm o sério risco de perder o mandato. Vão, óbvio, discutir até a última instância, mas o desgaste por causa da irresponsabilidade de alguns será enorme.
Ladeira abaixo
Parece que, de uns tempos pra cá, a situação do atual prefeito Beto Comazzetto está indo ladeira abaixo. É uma peleia diferente por semana por conta da irresponsabilidade de assessores próximos.
A primeira foi a da compra (infantil) de um jogo de rodas para o carro oficial no valor de R$ 12 mil. Detalhe: sem licitação. Beto teve que assumir a culpa e pagar do bolso. O Azera ficou até mais bonito, mas certamente o prefeito não gostou. Quem foi? Alguém próximo dele que teve a brilhante ideia de colocar rodas mais “esportivas”. Pra quê? Em um carro oficial?
A segunda foi o do desleixo com a Câmara Municipal e a falta de resposta a requerimentos. Novamente, algum iluminado achou que os vereadores pouco ou nada influenciam e não respondeu. A vereadora Cleony chegou a formular o pedido de cassação do prefeito Beto por causa de improbidade administrativa, por não observar os prazos para com a Câmara. O prefeito foi salvo pelo assessor de Gabinete, Mario Cachinski, que conseguiu responder em tempo recorde os requerimentos e encaminhar para a Câmara. Beto contou ainda com estratégias políticas dos vereadores Carlão e Valmor, que seguraram as pontas antes da sessão e evitaram um desgaste ainda maior.
Agora, por último, essa prestação de contas da festa de 2015 e que ainda vai render muita dor de cabeça para o prefeito Beto.
Qual será a próxima? Talvez algo relacionado aos iluminados de uma certa agência de publicidade contratada pela Prefeitura?
O muro do Saulo
Caiu como uma bomba a condenação do ex-prefeito Saulo Sperotto à prisão por conta do famoso muro que não foi construído na escola Esperança. Apesar disso, as notas foram emitidas e a empresa recebeu a grana. Mas, nenhuma pedra foi levantada.
A decisão do juiz Yannick Caubet envolveu ainda mais 4 pessoas, entre elas o empreiteiro, que não fez a obra e recebeu os recursos. Todos foram condenados de 2 a 2 anos e 4 meses de detenção em regime aberto.
O muro do Saulo 1
Na verdade, entre os mais chegados de Sperotto, já se esperava essa condenação por causa do muro. Isso porque ficou nítida a falta da obra. Se fosse em outra situação, como cadernos, lápis ou merenda para crianças, havia a justificativa de que foram entregues. Mas um muro? Como dizer que o muro sumiu? Impossível.
O muro do Saulo 2
Apesar disso, o advogado de Sperotto, Claudio Fávero Junior, garantiu que vai recorrer da decisão.
O muro do Saulo 3
A partir do momento em que recorrer da sentença, Saulo pode ser candidato a prefeito. Somente em caso de uma nova condenação em segunda instância ele ficará inelegível por até 8 anos.
Condenações
Em uma época em que a população está indignada com a corrupção que assola o país, uma condenação pode prejudicar e muito os candidatos nas eleições deste ano.