O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, fechou outubro em 0,59%, após três meses consecutivos de deflação (inflação negativa). Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado já era esperado, uma vez que o IPCA-15, divulgado no último dia 25, já apontava essa tendência.
Houve aceleração em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em -0,29%.
No ano, o IPCA acumula alta de 4,7% e, nos últimos 12 meses, de 6,47%. A meta do Banco Central para a inflação neste ano é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, variando entre 2% e 5%.
Segundo o instituto, o resultado foi puxado pelo grupo de alimentação e bebidas, que teve alta de 0,72%. Alguns itens de alimentação no domicílio ficaram bem mais caros, como:
– batata-inglesa: 23,36%
– tomate: 17,63%
– cebola: 9,31%
– frutas: 3,56%
Por outro lado, o leite longa vida (-6,32%) e o óleo de soja (-2,85%) ficaram mais baratos, após registrarem altas consecutivas. Outro fator que pesou na inflação desse mês foi o grupo de Transportes, com alta de 0,58%, apontou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. “Além do aumento da passagem aérea, de 27,38%, também foi importante o recuo no preço dos combustíveis, de 1,27%, menos intenso do que no mês anterior, quando a queda foi de 8,50%”, disse.
Três dos combustíveis pesquisados pelo instituto registraram queda, mas um ficou mais caro. Veja:
– óleo diesel: -2,19%
– gasolina: -1,56%
– gás veicular: -1,21%
– etanol: 1,34%
Oito dos nove grupos tiveram alta
Oito das nove áreas pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em agosto. Apenas comunicação registrou deflação. Veja a variação mensal por grupo:
– vestuário: +1,22%
– saúde e cuidados pessoais: +1,16%
– alimentação e bebidas: +0,72%
– transportes: +0,58%
– despesas pessoais: +0,57%
– habitação: +0,34%
– artigos de residência: +0,39%
– educação: +0,18%
– comunicação: -0,48%
Com informações UOL