A pesagem final da carga de cocaína apreendida na sexta-feira no Porto de Navegantes, no litoral Norte, contabilizou 811 quilos da droga e os responsáveis pela exportação são da região Sul do Brasil.
Os dados são da chefia da Alfândega da Receita Federal de Itajaí, que atua em conjunto com a Polícia Federal (PF) em uma investigação sigilosa para descobrir quem está por trás daquela que é a maior apreensão de cocaína da história do Estado e uma das maiores do país.
Havia 751 tabletes de pasta-base de cocaína — o que pode render ainda mais quantidade após a preparação — acondicionados em fundos preparados em três blocos de granito. Faziam parte do mesmo lote oito pedras, que são consideradas exóticas e seriam exportadas para a Espanha. Todas foram abertas, mas em cinco delas não havia a droga.
O inspetor-chefe da Receita Federal em Itajaí, Luis Gustavo Robetti, explicou que a carga estava na região há poucos dias, era monitorada pela equipe e embarcaria no dia 11 para o exterior. Ninguém foi preso. Para não atrapalhar a investigação, a Receita não divulgou o nome da empresa responsável pela exportação dos contêineres.
Foram utilizados scanners e o cão farejador Lobo, do 1º Batalhão da Polícia Militar de Itajaí, que prestou apoio à operação. A ação envolveu equipes da Divisão de Repressão, Escritório de Inteligência na 9ª Região Fiscal (PR e SC) e a Vigilância e Repressão da Alfândega da Receita Federal do Porto de Itajaí. A carga com os 811 quilos de cocaína foi enviada para a PF em Itajaí.
— Existe uma investigação em andamento diante de outras exportações de pedras. O que posso dizer é que se trata de um esquema altamente profissional e especializado — disse Robetti, que após a apreensão recebeu telefonemas de colegas do Brasil informando de outras exportações com características semelhantes.
Fonte: Diário Catarinense