A omissão em relação ao gerenciamento do intelecto profissional torna-se ainda mais problemática quando se sabe que o intelecto é responsável por criar boa parte do valor na nova economia. Seus benefícios são visíveis imediatamente nos grandes setores de serviços, centro de educação, instituições financeiras, centros médicos, empresas de informática e outros.
As empresas que adotam uma abordagem estratégica na gestão de seu capital intelectual vêem uma oportunidade de melhorar suas posições de mercado em relação às organizações que continuam a gerenciar tal capital de forma oportunista: “se, na realidade, conhecimento é poder, então seu controle e canalização fazem mais sentido, em termos de negócios, do que simplesmente deixar que as fagulhas voem” (LARA, 2004, p. 28).
Ao analisar a importância do conhecimento para as organizações, Teixeira Filho (2000) destaca a relação existente entre a gestão do conhecimento e a vantagem competitiva. Segundo o autor, essa relação passa por diversos aspectos, mas, sobretudo, por pessoas, processos, tecnologia e informações. Cada uma dessas quatro dimensões pode ser trabalhada pelo ponto de vista da geração, preservação e disseminação do conhecimento, com a finalidade de criar e manter as vantagens competitivas para a empresa.
Dentro de uma organização, tudo gira em torno da “pessoa”, do “trabalhador do conhecimento”, do colaborador da empresa que detém o conhecimento crucial para a vantagem competitiva, seja sobre processos de negócios, sobre o mercado em que atua ou sobre os clientes. São as pessoas que representam toda a diferença para a gestão do conhecimento e, por conseguinte, para a competitividade da empresa. Ao se afirmar que o capital intelectual é responsável por uma parcela cada vez maior do valor das empresas quer se destacar a relevância do papel das pessoas na gestão do conhecimento e na competitividade das empresas (TEIXEIRA FILHO, 2000).