A falta de energia elétrica e o não funcionamento do gerador afetou o atendimento aos pacientes no Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, em São José, na Grande Florianópolis, na tarde desta sexta-feira (12). Os profissionais da saúde que estavam na unidade pediram apoio aos que já estavam em casa para não deixar os internados sem assistência, informou o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Florianópolis (SindSaúde).
Não foi informado se a falta de energia pode ter provocado algum dano à saúde dos pacientes. A Secretaria de Estado da Saúde disse ao G1 que a situação no hospital foi normalizada às 16h. A pasta informou em nota que “por conta de uma pane elétrica, o gerador não conseguiu ser acionado. Os planos de contingência foram acionados, de modo a não prejudicar o atendimento aos pacientes da unidade, que se encontram em situação estável”.
Segundo o sindicato, os trabalhadores ventilaram pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) manualmente, prática que envolve grande esforço físico, e alguns respiradores e aparelhos que funcionam à bateria demonstraram sinais de queda brusca no nível de energia.
Ainda conforme o sindicato, a falta de energia elétrica durou cerca de uma hora e meia. Já a Celesc informou que foi chamada às 15h15 e que a luz voltou às 15h50.
O SindSaúde afirmou que a energia voltou perto das 16h10 e que, depois de um tempo, os respiradores que estavam no modo bateria voltaram a funcionar por energia elétrica.
A Secretaria de Estado de Saúde disse ainda em nota que “a equipe do hospital já está providenciando os reparos necessários”.
Servidores que estavam de folga foram chamados, de acordo com o Sindasaúde, para revezar com os colegas. Não foi detalhado quantos pacientes precisaram ser assistidos.
“O gerador do Hospital Regional, após uma falta de energia, não ligou. Os trabalhadores acabaram se revezando e chamando apoio em casa para poder manter os pacientes vivos, tanto na emergência quanto na UTI”, relatou o diretor do SindSaúde Wallace Cordeiro.
As Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) informaram que foi constatado que um disjuntor do hospital tinha desarmado. Em seguida, a energia foi restabelecida no local. A Secretaria de Estado da Saúde disse em nota que “a equipe do hospital já está providenciando os reparos necessários”.
O hospital tem, junto com o Instituto de Cardiologia, que funciona na mesma edificação, 83 leitos de UTI, dos quais 82 estavam ocupados, segundo painel do governo do estado. Dos leitos ocupados, 40 são para pacientes com Covid-19.
Na enfermaria, são 605 leitos, dos quais 522 estão ocupados. Se forem levados em conta apenas os destinados às pessoas com suspeita ou confirmação de Covid-19, são 46 leitos de enfermaria, com 41 deles ocupados.