Hospitais privados e filantrópicos de quase todas as regiões catarinenses estão sendo afetados com a greve dos caminhoneiros, informou a Associação e Federações dos Hospitais de Santa Catarina. Isso porque, como os caminhões não circulam, as unidades não estão recebendo com regularidade remédios, alimentos e materiais.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que os hospitais da rede estadual estão atendendo normalmente.
Cancelaram cirurgias eletivas as unidades
Hospital Bom Jesus, em Ituporanga
Estão com dificuldades de abastecimento as unidades
Hospital Divino Salvador, em Videira
Hospital São Sebastião, em Turvo
Hospital Regional do Alto Vale, em Rio do Sul
Hospital Infantil Seara do Bem, em Lages
Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê
Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra
Associação Hospitalar Beneficente de Pinhalzinho, em Pinhalzinho
Fundação Hospitalar Rio Negrinho, em Rio Negrinho
Confira mais detalhes dos hospitais afetados
O Hospital Bom Jesus em Ituporanga, no Vale do Itajaí, suspendeu as cirurgias eletivas (com data marcada) na tarde desta quarta-feira (23). A unidade teme que, como os caminhões não estão circulando, faltem materiais, remédios e alimentos.
Com isso, o hospital resolveu dar prioridade para as cirurgias de emergência, que vão continuar sendo feitas. Os procedimentos eletivos voltarão a ser feitos quando a greve terminar e os caminhões voltarem a circular com regularidade, disse a direção.
O Hospital São Sebastião, em Turvo, no Sul, está com dificuldades de receber materiais e medicamentos. O Hospital Regional do Alto Vale, em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, enfrenta dificuldades de abastecimento e trabalha com o que tem em estoque.
O Hospital Divino Salvador, em Videira, também enfrenta problemas de abastecimento, mas está atendendo normalmente.
O Hospital Infantil Seara do Bem, em Lages, na Serra, foi alertado sobre atrasos de fornecedores e está usando o material que tem em estoque.
Em Xanxerê, no Oeste, a administração do Hospital Regional São Paulo está em contato com a Defesa Civil para pensar formas de evitar o desabastecimento. O combustível usado para o gerador está sendo armazenado.
O Hospital São Vicente de Paulo, em Mafra, no Norte, acompanha a greve dos caminhoneiros. A unidade informou que a coordenação do movimento tem orientado os motoristas a liberarem caminhões com carga viva, materiais hospitalares e remédios.
A Associação Hospitalar Beneficente de Pinhalzinho, em Pinhalzinho, no Oeste, está com pedidos de remédios atrasados. A administração acompanha o caso.
A Fundação Hospitalar Rio Negrinho, em Rio Negrinho, no Norte, foi alertada de atrasos em entregas de materiais para a unidade.
Greve
A paralisação dos caminhoneiros chegou ao terceiro dia nesta quarta contra o aumento no valor do diesel. Eles voltaram a passar a noite às margens das rodovias e até as 15h ao menos 60 pontos de atenção nas rodovias em Santa Catarina eram registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Há impactos no abastecimento de postos de combustível, em serviços de prefeituras, na entrega dos Correios, nos setores de alimentos e indústria, e portos.