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Hong Kong anuncia suspensão de importações de planta frigorífica de SC por suspeita de coronavírus, diz associação

Autoridades de Hong Kong anunciaram a suspensão temporária da importação de frango de uma planta frigorífica de Xaxim, no Oeste catarinense, após uma prefeitura chinesa dizer que encontrou traços de coronavírus em asas de frango exportadas pelo Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o anúncio foi feito na quinta-feira (13), mas até a manhã desta terça-feira (18) a associação não foi notificada oficialmente sobre a suspensão.

“A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está apoiando a sua associada para a apresentação dos esclarecimentos, com bases técnico-científicas. A ABPA também apoiará o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dentro das tratativas com as autoridades de Hong Kong, para que a situação se clarifique e se restabeleça”, informou em nota a associação desta terça..

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Segundo a ABPA, a medida afeta apenas a planta de Xaxim da empresa Aurora. O G1 procurou a Cooperativa Central Aurora Alimentos, que não se manifestou até as 10h. A reportagem procurou também o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta segunda e não teve retorno até as 10h. O G1 procurou a embaixada da China, mas não conseguiu contato até esta publicação. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina informou que as suspensões são comunicadas diretamente ao Mapa.

Autoridades da cidade de Shenzhen anunciaram também na quinta-feira (13) que identificaram o frango como proveniente de uma fábrica de propriedade da empresa que é terceira maior exportadora de aves e suínos do Brasil. No mesmo dia, a Aurora informou que o governo chinês não confirmou a presença do coronavírus em frango importado e nesta terça, a ABPA disse que ainda não teve esta confirmação.

O Brasil, maior exportador global de carne de frango, responde por cerca de 20% das importações do produto das Filipinas. De janeiro a julho, o país vendeu US$ 31,4 milhões aos filipinos, cerca de 50,3 mil toneladas, o que representa cerca de 2% das exportações brasileiras no período.

A suposta contaminação em pacote de frango importado do Brasil é pouco provável, segundo especialistas, porque, entre outros motivos, não há comprovação de que o vírus, ainda que congelado, consiga sobreviver na superfície por longos períodos.

O Mapa, ABPA e a Organização Mundial de Saúde (OMS) dizem que não há evidência de que o coronavírus se espalhe por alimentos ou embalagens. Segundo a OMS, as pessoas não devem ter medo de que o vírus entre na cadeia alimentar.

“A associação reafirma, ainda, que o setor exportador brasileiro já adotou todas as medidas para proteção dos trabalhadores e a garantia da inocuidade dos produtos, que foram aprimoradas ao longo dos últimos meses, desde o início da pandemia global”, ainda diz a ABPA.

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