Um homem, acusado de provocar aborto na companheira em 2009, foi a júri popular nesta sexta-feira, 7, em Caçador. Vilson Coelho, 65 anos foi acusado de ter dado medicamentos abortivos à mulher, que acabou perdendo o bebê.
A sessão do júri foi presidida pelo juiz Rodrigo Dadalt. A acusação foi feita pela promotora Roberta Seitenfuss e a defesa ficou a cargo do advogado Gustavo Zenatti.
A defesa disse que o réu não teve nenhum envolvimento no aborto e que a única prova concreta no processo é que houve um aborto, mas não há nada que comprove a participação de acusado ou a ingestão de medicamento.
O advogado enalteceu também que houve contradições por parte vítima. “Na face policial ela disse uma coisa, em juízo outra e agora no júri não compareceu. É estranho alguém que busque por justiça não comparecer no julgamento de um suposto crime cometido contra si”, frisou Gustavo.
A promotora disse que sua tese foi embasada no relato da vítima. “Eu pedia pela condenação, mesmo que fosse uma pena pequena. Mas os jurados entenderam que o réu não provocou o aborto e votaram pela absolvição”, disse.
Mais sobre o caso:
De acordo com os autos do processo, o fato aconteceu no dia 19 de março de 2009, em Caçador. Dois dias antes do crime, o acusado havia sido comunicado da gravidez da companheira e solicitou que um novo teste fosse feito.
No dia 16, ambos foram até uma farmácia, onde foi feito o teste novamente, o qual confirmou a gravidez. No mesmo dia a mulher começou a passar mal e o réu se prontificou a comprar remédio.
Ele teria trazido duas injeções e uma cartela de Cytotec , medicamento de uso controlado com substância que pode provocar aborto. Ele teria entregado o medicamento afirmando ser para enjôo e ela ingeriu a substância.
Em seguida, a mulher passou mal, situação que se estendeu até a manhã seguinte, quando ocorreu o aborto.
Com informações da Rádio Caçanjurê