Uma semana após a passagem do “ciclone bomba” que atingiu o Sul do país, o Governo de Santa Catarina ainda contabiliza os estragos, mas estima que o prejuízo seja de R$ 277,8 milhões. O governo decretou ainda na semana passada estado de calamidade pública.
O fenômeno resultou na morte de 13 pessoas, sendo 11 delas em Santa Catarina, uma no Paraná e uma no Rio Grande do Sul. Há ainda duas pessoas que morreram enquanto trabalhavam arrumando casas: uma em Garuva e outra em Piçarras, no Norte catarinense.
Além de contabilizar os estragos do último ciclone, a Defesa Civil catarinense está acompanhando a formação de um novo ciclone extratropical entre terça-feira (7) e quarta-feira (8).
Ao menos 204 cidades foram atingidas, 57 pessoas estão desabrigadas e 302 desalojadas. Segundo informações divulgadas pela Defesa Civil na noite de segunda (6), mais de 80 mil itens como telhas, colchões e cestas básicas foram entregues em 34 cidades.
Mais de 1,5 milhão de imóveis ficaram sem energia elétrica na semana passada por causa do ciclone e centenas delas continuavam sem o serviço, principalmente nas unidades consumidoras do Norte catarinense e na Grande Florianópolis. Dados parciais da Secretaria de Estado da Educação contabilizam que ao menos 356 escolas, ou seja um terço das unidades da rede, tiveram prejuízos com os temporais.
Novo ciclone em SC
O meteorologista Leandro Puchalski, na NSC, diz que o ciclone desta semana não se compara ao ciclone bomba, pois tem menor intensidade.
“O ‘ciclone bomba’ deu origem a uma frente fria muito forte que gerou uma linha de instabilidade responsável pelo vento forte da semana passada. Este agora também dará origem a uma frente fria, mas bem menos intensa”.
Ainda segundo Puchalski, a temperatura deve ficar entre 14ºC e 23ºC no estado ao longo desta terça-feira e os ventos podem chegar a 80 km/h na quarta-feira (8).
Há previsão de chuva volumosa para o Sul, Oeste, parte do Vale do Itajaí, para a Serra e Grande Florianópolis, com risco de alagamentos, deslizamentos e ainda de inundações pontuais, segundo a Defesa Civil.
Vento recorde em SC
O vento da semana passada, inclusive, foi recorde no estado, de acordo com a Epagri/Ciram, órgão que monitora as condições climáticas. Uma estação meteorológica de Siderópolis, no Sul catarinense, marcou 168,8 km/h entre 5h e 6h da manhã da quarta-feira, 1º de julho.
Antes disso, o vento mais forte registrado em Santa Catarina tinha sido de 161,9 km/h em outubro de 2010 na cidade de Celso Ramos. Com o temporal da semana passada há estações meteorológicas que também foram danificadas.
Dos 204 municípios catarinenses com estragos registrados na semana passada, 121 registraram os danos no Sistema do Ministério da Integração Regional. Por isso, segundo a Defesa Civil, mais cidades ainda devem registrar os danos e o prejuízo pode ser ainda maior.
Ainda de acordo com o órgão, os prejuízos no estado catarinense foram principalmente no sistema elétrico, de telecomunicação, sistema de esgotamento sanitário, agricultura, indústria, além das centenas de casas destruídas e ao menos um terço das escolas estaduais atingidas.
Com informações G1 SC