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FIESC vai ao Japão e defende exportação de carne suína no mesmo patamar que frango

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Em missão catarinense ao Japão, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, destacou que o Estado busca ampliar as exportações de carne suína ao País asiático para alcançar o mesmo patamar dos embarques de carne de frango, que em 2016 totalizaram US$ 260,6 milhões, contra US$ 5,9 milhões das exportações de carne suína ao Japão no mesmo período. “O mercado japonês está aberto, mas os espaços temos que conquistar”, afirmou. Nesta segunda-feira (6), a FIESC coordenou seminário de oportunidades de negócios e investimentos, realizado em conjunto com a Embaixada do Brasil no Japão, localizada em Tóquio. O encontro teve a presença de 40 participantes, entre empresários japoneses e executivos das brasileiras WEG e BRF no Japão.

Côrte lembrou que Santa Catarina iniciou os embarques de carne suína ao Japão em 2014, mas a quantidade ainda é pequena. “O Japão é uma das maiores economias do mundo e está entre os três maiores importadores de carne suína. Estreitamos mais e mais as relações entre o Estado e o Japão. As empresas catarinenses têm forte poder competitivo em sanidade na agroindústria, estrutura de plantas industriais modernas, preço, qualidade e tradição comprovada para atender demandas rigorosas do mercado japonês”, disse.

O governador Raimundo Colombo afirmou que as agroindústrias catarinenses ainda estão se adaptando às exigências dos japoneses que preferem a carne suína com maior volume de gordura. “Esse produto diferenciado está sendo feito e, por isso, Santa Catarina está crescendo na escala comercial”, disse ele, que prevê um crescimento maior nas relações entre o Estado e o Japão.

Consolidado como o principal produto de exportação catarinense, a carne de aves é também o principal produto da pauta de exportação para o Japão, sendo responsável, em 2016, por mais de 80% do total destinado a este país. Com isso, o Japão se apresenta como destino número um dos embarques catarinenses do produto, quase 20% do total do produto exportado pelo Estado.

As relações comerciais entre Santa Catarina e o Japão são de longa data. Em 2007, as exportações catarinenses destinadas ao País eram da ordem de US$ 329 milhões, cerca de 8% do total da exportação brasileira direcionada ao País asiático. Atualmente, este valor é de 7%, o que consolida o Estado como o quinto exportador nacional para o Japão. As importações, embora em patamares menores, avançaram consideravelmente no período analisado: de 2007 a 2016, as compras catarinenses originárias do Japão aumentaram 113%.

Vice-Presidente Regional da FIESC integra missão catarinense ao Japão

O empresário caçadorense Gilberto Seleme, vice-presidente da FIESC para o Centro-Norte integra a delegação da missão catarinense no Japão. Ele destaca que a viagem está sendo muito produtiva, com acesso a informações no campo da pesquisa agrícola e na área industrial. “Esta missão é para mostrar as oportunidade de investimentos e mostrar o que Santa Catarina produz, principalmente na parte de alimentos. O Japão tem 70% do seu território com rochas, montanhas e florestas. E exige então importar mais de 60% dos alimentos que consome. Estamos sendo muito bem recebidos. Nesta terça-feira, temos mais visitas. Estamos fazendo a prospecção de negócios para santa Catarina”, relata.

Também integram a missão o diretor do Sindicarne, Ricardo de Gouvêa, o diretor de desenvolvimento institucional e industrial da FIESC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, a coordenadora do Centro Internacional de Negócios da FIESC, Tatiani Leal, além dos secretários da Fazenda, Antonio Gavazzoni, e de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira, e do deputado Gelson Merisio.

Pesquisa

Ainda nesta segunda-feira, a FIESC e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) participaram de reunião com representantes da National Agriculture and Food Research Organization (NARO), principal instituto do Japão em pesquisa para a agricultura e pecuária, com foco em pequenos e médios produtores. A entidade tem 5 mil funcionários e 15 institutos de pesquisa independentes do governo. O mercado japonês é altamente exigente em termos de qualidade e padrão de consumo. Por isso, a NARO tem operado também no desenvolvimento de novas espécies vegetais, além de realizar pesquisas dirigidas à prevenção de desastres, pois devido ao relevo do País, 70% das terras concentram-se em áreas montanhosas.

Foodex Japan

Nesta terça-feira (7), o grupo inicia a participação na Foodex Japan, a maior feira de alimentos e bebidas da Ásia. Nesta edição, o evento deve reunir 3,2 mil expositores de cerca de 80 países e regiões do mundo, além de 76 mil compradores. Segundo informações do Ministério da Agricultura, a participação brasileira contará com 24 expositores, que levarão para a feira um portfólio diversificado de produtos. O País asiático oferece oportunidades para negociar commodities, produtos processados e de alto valor agregado. Além do mercado japonês, o evento abrange a Coréia do Sul, Taiwan, China, Tailândia e Hong Kong. O Japão representa a terceira maior economia no mundo. Com uma população de 127 milhões de habitantes e alto poder aquisitivo, o País possui a segunda maior renda bruta per capita da Ásia e elevado potencial para consumo.

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