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“Fátima de Tubarão” é presa em operação da PF contra terroristas

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Entre os presos na terceira fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (27/1), está Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza (foto em destaque), de 67 anos, conhecida como “Fátima de Tubarão”. No dia 8 de janeiro, um vídeo no qual ela aparece invadindo o Palácio do Planalto viralizou nas redes sociais. Até as 9h30, cinco alvos tinham sido detidos pela PF — 2 em Minas Gerais, um em Santa catarina, um no Paraná e outro no Espírito Santo.

Fátima foi condenada por tráfico de drogas em 2012. Ela ainda responde pelos crimes de estelionato e falsificação de documento público em outro processo, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

No ato terroristas de 8 de janeiro ela aparece em vídeo dizendo: “Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Os agentes cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira onde estão sendo cumpridos os mandados de prisão:

Santa Catarina – 1
Distrito Federal – 2
Rio de Janeiro – 1
Paraná – 1
Espírito Santo – 4
Minas Gerais – 2

Outros dois alvos foram presos em Minas Gerais. São eles: Eduardo Antunes Barcelos e Marcelo Eberle Motta. Barcelos é advogado e trabalha como coordenador da assessoria jurídica da Santa Casa de Misericórdia de Cataguases.

Em Juiz de Fora, o alvo é Marcelo Eberle Motta, conhecido como Marcelo Mito. Coordenador do movimento “Direita Vive”, ele já é conhecido na cidade, sobretudo por ofender jornalistas que trabalham no centro do município. Em uma das ocasiões, ele próprio filmou as intimidações a uma equipe da TV Globo, dizendo que não deixaria que eles falassem mal de Bolsonaro.

A PF informou que os fatos investigados representam, inicialmente, crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, falou sobre a operação nas redes sociais. “A autoridade da lei é maior do que a dos extremistas”, disse.

Segunda fase da operação

Na segunda fase da operação, deflagrada no último dia 20, a PF prendeu Renan da Silva Sena, Ramiro Alves da Rocha, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, Soraia Baccioci e Randolfo Antonio Dias, além de mais dois suspeitos.

A PF foi às ruas para cumprir oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, expedidos pelo STF. A operação ocorreu no Distrito Federal e nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Renan Sena é ex-funcionário terceirizado Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em maio do mesmo ano, ele xingou enfermeiros que faziam protesto social contra a liberação do isolamento social. O extremista, de 58 anos, também acabou preso e solto após pagar fiança de R$ 1,5 mil por xingar o então governador Ibaneis Rocha (MDB) em junho do mesmo ano.

Sena foi preso na Candangolândia. Já Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior foi líder dos caminhoneiros e, nas eleições de 2022, chegou a se candidatar a deputado federal por São Paulo pelo PL, partido de Bolsonaro. Embora acusado de atuar na mobilização dos atos terroristas em Brasília, ele alega que não chegou à capital a tempo de participar.

No dia seguinte aos atos antidemocráticos (9/1), Ramiro esteve na Academia Nacional da Polícia Federal, no Distrito Federal, para “visitar” extremistas presos. Ele chegou a gravar um vídeo para as mídias sociais, no qual distribuía panetones de chocolate aos detidos.

O nome de Ramiro dos Caminhoneiros é frequentemente mencionado em grupos bolsonaristas, associado à arrecadação de recursos e à organização de caravanas de militantes rumo a Brasília. Ele foi encontrado pela PF no Bairro Ipiranga, em São Paulo.

A professora de libras Soraia Baccioci foi presa em Campo Grande (MS), cidade onde mora. Ela é formada em turismo e pedagogia. Randolfo Antonio Dias foi localizado pela Polícia Federal no Bairro Luxemburgo, região centro-sul de Belo Horizonte (MG). Ele é suspeito de financiar os ataques golpistas de 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes.

O empresário Raif Gibran Filho, sócio-administrador do restaurante Rústico Premium Grill, na Vila de São Jorge, em Alto Paraíso de Goiás (GO), também foi um dos alvos da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, contra suspeitos de participação nos atos terroristas em Brasília, no último dia 8 de janeiro.

Durante o cumprimento do mandado de prisão, o homem pulou a janela da residência para fugir da abordagem policial.

A PF pede que, caso alguém tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, encaminhe detalhes para o e-mail: [email protected].

Com informações Metrópoles 

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