A diretoria da Chapecoense entrou com uma ação na justiça para barrar a exibição do trailer do filme “O Milagre de Chapecó”, que foi produzido por Luiz Ara, documentarista que mora no Uruguai. A ação foi encaminhada na última sexta-feira, dia 13, após reclamação de familiares.
Uma das viúvas teria levado os filhos para o cinema no Dia das Crianças e, antes do filme infantil, foi passado o trailer que fala sobre a Chapecoense e o acidente aéreo ocorrido no dia 29 de novembro do ano passado, na Colômbia, onde morreram 71 pessoas.
Após o constrangimento os familiares entraram em contato com o clube que informou não saber do trailer. No entanto no documentário aparecem dirigentes do clube e funcionários falando. Há também depoimentos de jornalistas e sobreviventes.
No trailer é contada a história do clube mas também há destaque para a tragédia. A Chapecoense afirmou que o pedido está sendo analisado pela justiça e divulgou um comunicado.
“A Assessoria de Imprensa da Associação Chapecoense de Futebol comunica que foi protocolada ação judicial ainda na noite de sexta-feira por descumprimento do objeto do referido documentário”. Ou seja, o clube alega que os depoimentos foram prestados com o objetivo de que fosse contada a história de ascensão do clube.
O cineasta argumentou que o objetivo é destacar o renascimento do clube e homenagear as vítimas.
Na segunda-feira durante a terceira reunião entre o clube e a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense, a direção do clube forneceu uma cópia do contrato do clube com o documentarista e a ação judicial.
A AFAV-C exigiu do clube que seja firmado um termo de ajustamento de conduta para estabelecer critérios e limitar a exploração da imagem das vítimas do acidente.
Com informações do DC