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Família cobra agilidade na liberação dos corpos de 3 mortos em acidente na BR-470 

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Familiares de Elisiane Aparecida Gonçalves, de 50 anos, Elton Jahn, de 35 anos e de Benjamin Schneider, de 5 anos de idade, que morreram carbonizados em um acidente na BR-470 em Apiúna, no Vale do Itajaí, em 7 de junho, aguardam há quase uma semana a liberação dos corpos das vítimas para fazer o seu cerimonial de despedida.

A informação foi revelada pelos próprios familiares, que procuraram veículos de imprensa de Blumenau para expor o caso. Após o carro onde eles estavam bater de frente em um caminhão na rodovia, o veículo onde as três pessoas estavam pegou fogo e os ocupantes morreram carbonizados.

Devido ao incêndio, o reconhecimento oficial dos corpos por meio de laudo ficou prejudicado, aumentando a demora para a liberação. Aos familiares, o IML (Instituto Médico Legal) de Blumenau comunicou que a identificação oficial do corpo de Elisiane Aparecida Gonçalves não foi possível por arcada dentária e que ele seria encaminhado para Florianópolis, para passar por um exame de DNA, e ainda não retornou.

Já os reconhecimentos oficiais dos corpos de Elton Jahn, motorista do carro, de 35 anos, e da criança seriam feitos por arcada dentária, mas para isso era preciso enviar uma documentação complementar.

Segundo a família, a documentação foi enviada ao IML de Blumenau na quinta-feira (8) e o órgão comunicou que, após o recebimento, os corpos seriam liberados em 24h, o que ainda não aconteceu.

Na segunda-feira (12), os familiares tomaram o conhecimento que a Polícia Científica de Santa Catarina possui apenas um odontologista para atender todo o Estado, no trabalho de reconhecimento de arcadas dentárias. Este profissional estava de férias e só estaria retornando ao serviço nesta terça-feira (13). Inconformada com o relato, a família resolveu desabafar.

“Como que o estado todo de Santa Catarina, com um feriadão ainda de Corpus Christi, que é feito reforço nas estradas pela PRF, não faz um plantão mais efetivo no IML e tem apenas um odontologista? Como isso pode ocorrer?”, questionam os familiares.

Estado rebate por meio de nota

Após a repercussão do caso, a Polícia Científica de Santa Catarina, responsável pelos órgãos de perícia oficial, divulgou uma nota para esclarecer a situação. Leia:

“Nota à Imprensa

A Polícia Científica de Santa Catarina informa que a identificação civil de vítimas fatais atende a protocolos internacionais que visam a conformidade e segurança dos resultados.

O processo técnico-científico de identificação humana utiliza inicialmente o método datiloscópico, por meio da análise de impressões digitais. Não sendo possível sua utilização, são então empregadas técnicas de antropologia forense e odontologia forense, além do uso do DNA através da genética forense.

Em casos sensíveis como o que temos em tela, apesar do máximo empenho em prestar os serviços com agilidade, de modo a liberar os corpos das vítimas a seus familiares, trata-se de um processo complexo e que pode exigir semanas para sua conclusão, a depender do método necessário. Qualquer que seja o caso, a Polícia Científica de Santa Catarina manterá contato com familiares para imediata comunicação acerca da liberação dos corpos, tão logo sejam identificados.

Enquanto órgão de Perícia Oficial de Santa Catarina responsável pela identificação oficial de vítimas fatais no estado, a Polícia Científica reforça seu compromisso com a população em prestar serviços de qualidade e acessíveis em todas as regiões”.

Com informações ND Mais 

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