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EXCLUSIVO: Familiar de padre morreu de hantavirose

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O familiar do padre Valmir Pasa, Gilson Pasa, morreu de hantavirose. A informação foi obtida com exclusividade pelo Portal Notícia Hoje, junto à Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (DIVE/SC).

Segundo a DIVE, este é o primeiro óbito ocorrido em 2017 por hantavirose no Estado. O óbito foi registrado no dia 22 de outubro pelo município de Caçador, de paciente residente em Timbó Grande.

Sobre a doença

A hantavirose é uma doença infecciosa aguda e grave, causada por um vírus do gênero Hantavírus e que pode levar à morte em apenas 72 horas. No início, há febre, tosse seca, dor no corpo, náuseas, diarreia, dor de cabeça, vômitos, dor abdominal, dor torácica, suor e vertigem e pode evoluir para falta de ar intensa. Aos primeiros sinais e sintomas, deve-se dirigir à unidade de saúde mais próxima.

O hantavírus está associado aos roedores silvestres, que eliminam o vírus na urina fresca, nas fezes e na saliva. A forma de transmissão mais comum ocorre quando as pessoas inalam minúsculos aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores silvestres que se misturam na poeira.

É uma doença característica de áreas rurais, que atinge agricultores, moradores e trabalhadores em áreas de reflorestamento, em galpões, paióis, armazéns fechados e outros espaços pouco ventilados.

Informações extraoficiais dão conta de que Gilson era agricultor e teve contato com um local em condições adversas, em um local onde havia muitos ratos. Além disso, no encaminhamento do médico de Timbó Grande a Caçador, havia o relato de que Gilson estaria morando em um “paiol”.

O grande problema da hantavirose é que não existe tratamento específico para a infecção e deve ser realizado o quanto antes para se obter chances de cura. Entretanto, no caso de Gilson, que teve febre por vários dias, as chances de cura eram remotas.

Como evitar a doença?
► Evitar contato com rato silvestre ou seus excrementos (fezes e urina, principalmente);
► Dentro de casa, manter os alimentos em sacos ou caixas fechadas a uma altura de, pelo menos, 40 cm do chão;
► Lavar pratos e utensílios de cozinha imediatamente após o uso. Não deixar restos de alimentos no chão;
► Manter o local onde vivem os animais sempre limpo, recolhendo sempre a sobra de comida;
► Garantir a coleta e o destino adequado do lixo;
► Plantar milho e outros grãos em áreas afastadas da casa;
► Manter a área em volta da casa, galpões, paiois e alojamentos sempre limpos e livres de mato e entulhos;
► Em momentos de pausa do trabalho, evitar descansar ou pernoitar em locais fechados com restos de alimentos ou grãos (ex: paiois).

ATENÇÃO
Antes de limpar um lugar que esteve fechado por algum tempo, deixá-lo ventilar e permitir a entrada de luz natural por, pelo menos, 30 minutos antes de proceder a limpeza. Após esse período, umedecer piso e paredes com água sanitária a 10% (1 parte de água sanitária para 9 de água) e aguardar 1 hora para a limpeza do local. Não varrer ou aspirar tapetes, carpetes ou pisos secos sem antes umedecê-los com o desinfetante indicado.

A incidência de luz solar nos ambientes é fundamental, pois os hantavírus são sensíveis às radiações solares ultravioletas, sendo inativados pela luz solar em até quatro horas. Dependendo das condições em ambientes fechados, sem ação solar e do vento, os vírus sobrevivem por volta de sete dias.

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