O ex-deputado Duduco, preso nessa quarta-feira (2), no Rio de Janeiro, passou mais de um ano foragido da Justiça até ser localizado pela Polícia Federal. Nas redes sociais, ele usava o nome “Catarina da Lapa” e mantinha contato com pessoas próximas.
A reportagem do ND Mais apurou que o codinome adotado pelo ex-deputado Duduco, de 63 anos, é uma referência ao estado de onde ele é natural, Santa Catarina, e ao bairro boêmio da Lapa, no Rio de Janeiro, cidade onde estava vivendo.
Duduco foi capturado na região central da capital carioca e conduzido ao sistema prisional. A defesa aguarda pela audiência de custódia, que ainda não aconteceu. Não há previsão de transferência para presídios catarinenses.
Foragido da Justiça, ex-deputado Duduco vivia no Rio de Janeiro
Segundo informações levantadas pela reportagem do ND Mais com amigos próximos do ex-deputado estadual, ele se mudou para o Rio de Janeiro pouco após a demolição do abrigo filantrópico que mantinha em Florianópolis, conhecido como Lar do Tio Duduco.
No ano passado, recebeu a visita de uma amiga, que viajou para a cidade durante as férias. À reportagem, a mulher, que prefere não ter a identidade divulgada, contou que ele estava passando por alguns problemas de saúde, citando uma hérnia e condições cardiológicas.
Conforme a amiga, que “o conhece desde que nasceu”, a condenação judicial era um assunto delicado para o ex-deputado e, por isso, não falavam a respeito.
Relembre o caso do ex-deputado Duduco
Nilson Nelson Machado, mais conhecido como Duduco, foi condenado a 31 anos de prisão em 2017. Daquele ano até 2019, a Justiça reduziu a sentença duas vezes. Um dos recursos impetrados pelo réu, e acatado pela Justiça, aponta a prescrição de um dos crimes que ele teria cometido. A sentença então foi reduzida para 20 anos de prisão.
Conforme denúncia do Ministério Público, os estupros ocorreram a partir de 1998, mas se tornaram públicos apenas em 2013. Os crimes aconteceram no abrigo mantido por Duduco.
Em um dos casos, a vítima foi coagida e ameaçada para que não denunciasse o crime. Os abusos teriam continuado até vítima completar 19 anos, quando saiu do abrigo.
Com informações ND Mais