Numa tarde, quando eu ainda morava em Vila Velha – ES, pouco antes de vir para Caçador, estava em um local e precisei ir para outro encontrar minha mãe, durante o caminho, que fiz a pé, desceu uma boa água rsrs…
Por não estar preparado, comprei um guarda-chuva e segui meu rumo. Em um determinado ponto, não sei bem o motivo, comecei a pensar no sentido da vida, questionado por uma amiga uns dias antes…
Associei à inúmeras questões não resolvidas que carregamos durante nossa jornada e essa, seria uma pergunta-chave para alguns e apenas mais uma para outros…
Olhando ao redor, vi muitas pessoas correndo para se protegerem, outras, para protegerem seus celulares, dinheiro e documentos, notei o quão refém somos de tantas e tantas coisas, nos privamos de uma infinidade de sentimentos e vontades que nos trariam leveza e sem fazer mal ao próximo…
Comecei a lembrar como era gostoso um banho de chuva, brincar na lama era um evento esperado periodicamente, coisas simples, mas que construíram a infância de muita gente…
E se o sentido da vida for tomar um bom banho de chuva? Desprendido e livre? E se for bater panelas feito criança ou com uma? E se for correr com teu cachorro na areia? Pode ser ajudar alguém a trocar um pneu ou empurrar um carro enguiçado… E se o sentido da vida, for achar sentido pra tudo? E se for rir de tudo? E se…?
Enfim, recolhi o guarda-chuva – ainda chovendo – o que foi bom, pois parei de me preocupar se o vento estava forte ou não, os pingos de chuva no rosto me fizeram sorrir e sorrindo fiquei por todo o caminho e com mais uma lição aprendida…
Ponto de Vista é uma coluna do carioca Juan Carlos