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Esporte: O dia em que a rede parou e o microfone calou – Por Van Pires

Notícia Hoje

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Uma tragédia ocorrida na madrugada de 29 de novembro de 2016, fez o Brasil e o mundo chorarem. O verde que simboliza a vida nas florestas, o sinal de avante no trânsito e a garra de um time de futebol, deu lugar ao luto da perda e as lágrimas da saudade.

É com muita tristeza e profundo pesar que este texto está sendo redigido. Não trata-se apenas de uma atividade acadêmica do curso de jornalismo, como também não trata-se apenas de um artigo para um determinado meio de comunicação. Além do que foi citado, o objetivo deste texto é homenagear, não somente aqueles que partiram deste plano material rumo ao desconhecido, mas também aqueles que, de alguma forma, estão profundamente sensibilizados e comovidos em virtude do acidente que levou a vida dos jogadores, comissão técnica da Chapecoense, tripulação da aeronave e profissionais da imprensa catarinense, como o estimado repórter esportivo Giovane Klein Vitória.

A Chapecoense, até o presente momento, é o time que melhor está representando o estado de Santa Catarina nos campeonatos brasileiro e Copa Sul-Americana, esta última que teria o título disputado contra a seleção colombiana do Atlético Nacional.

Na madrugada de terça-feira, os portais de notícias e redes sociais davam a triste informação que o avião de uma empresa boliviana, que transportava o time, sua comissão técnica e imprensa, para a cidade de Medellín, caiu deixando 71 mortos e seis sobreviventes. Segundo informações, a aeronave caiu nos limites de Lá Unión, que fica na Colômbia. Sem sombra de dúvidas esse é o maior desastre envolvendo a queda de um avião que transportava um time de futebol.

Após o ocorrido, a população, principalmente a catarinense, ficou em estado de choque. Atletas do Brasil e do mundo utilizaram suas redes sociais para prestar homenagem às vítimas e demonstrar solidariedade aos seus entes queridos.

É impossível não citar trechos da publicação feita pela estimada repórter Isabella Fernandez Ibargoyen, que homenageia seu parceiro de emissora e seu parceiro na vida Giovane Klein Vitória. Isabella descreve a felicidade de Giovane ao acompanhar o time e noticiar seu bom desempenho, além de relatar o quão difícil está a situação da ausência de seu amado. No depoimento publicado pela jornalista em sua rede social, Isabella faz relatos em um formato de diálogo com o próprio Giovane.

“Te conto que todos os jogadores e toda a equipe da chape seguem sendo tratados como heróis!” Em outro trecho ela diz, “Galvão Bueno que te emocionou ao narrar o último jogo do Grêmio pela Copa do Brasil, está nos emocionando ao falar de ti e de todos com tamanho carinho e consideração.” “Fui acordada de madrugada pensando que teria que trabalhar em mais uma cobertura de enchente na cidade, chovia tanto…acho que eram lágrimas!” Disse Bella, como carinhosamente é chamada pelos colegas e amigos. Existem outros trechos, o que torna uma tarefa difícil a escolha daqueles que mais emocionam, visto que, o texto inteiro demonstra amor, admiração e saudade, isso tudo em cada letra escrita e em cada palavra marcada.

Também torna-se indispensável, mencionar a nobreza atitudinal da equipe do Atlético Nacional, que ao redigir um documento encaminhado a Conmebol, declara que abre mão do adiamento da partida e do título, pedindo que a Chapecoense seja promulgada a Campeã da Copa Sul-Americana 2016. Torcedores do próprio Atlético Nacional, consideram essa atitude louvável e com extrema convicção é possível afirmar que este foi o maior ato de solidariedade que ocorreu no futebol, esporte que tem dado decepção, visto como capitalista e desonesto. O Atlético Nacional, confirma que em meio a tanta corrupção, ainda há times capazes de ações de tamanha grandeza e sensibilidade.

Homenagens foram feitas no mundo inteiro, como salvas de palmas e momentos de silêncio, inclusive nas partidas de futebol.

Hoje dizemos que os holofotes da Arena Condá foram apagados, entretanto, o estádio ficou lotado em orações. Hoje também, os microfones dos jornalistas não transmitem mais suas vozes empolgadas ao falar da chape e a televisão também não mostrará suas imagens e seus sorrisos. Todos esses profissionais, seja de jogo, bastidores e imprensa, deixaram de brilhar aqui em nosso plano, mas 71 novas estrelas começaram a brilhar com mais intensidade que os holofotes da Arena em nosso céu.

Por Van Pires – Bloggeiro do EspalhaFatos e acadêmico do curso de Jornalismo da Uniarp

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