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Especificidade pedagógica para o ensino da gestão do conhecimento III – Por Adelcio Machado dos Santos

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A multidisciplinaridade no ensino está pautada na internacionalização da vida social, econômica, política e cultural. Desse modo, entender o significado das propostas curriculares integradas implica na consideração das dimensões globais da sociedade e do mundo no qual se vive.

A interdependência é uma das palavras mais indispensáveis nos novos modelos de vida e sociedade. O poder e, portanto, as questões políticas, econômicas, culturais, religiosas e militares estão cada vez mais inter-relacionadas, e, além disso, seus cenários são mais internacionais (SANTOMÉ, 1998, p. 84).

O processo didático de desenvolvimento da multidisciplinaridade no ensino da Gestão do Conhecimento, da mesma forma que ocorre nas demais disciplinas, envolve várias fases.

Conforme explica Braga (1999), a primeira delas compreende a integração, correlacionando diversas disciplinas que são desenvolvidas separadamente. Apenas em alguns momentos é estabelecida uma coordenação planejada, quando partes de cada uma delas, para serem mais bem compreendidas, necessitam de conteúdos típicos das outras.

A segunda etapa da ótica multidisciplinar reside na integração por meio de temas, tópicos, ou ideias, que passam a constituir a vertebração das distintas áreas de conhecimento ou disciplinas.

É possível integrar uma ampla gama de conteúdos e atividades de diversas disciplinas.

Tais disciplinas são atravessadas por um interesse comum e, ao mesmo tempo, se defrontam com as dificuldades de um trabalho integrado, uma vez que passam a se subordinar à ideia que serve para governar a proposta de integração.

A terceira compreende a integração em torno de uma questão operacional e diária. Há problemas cotidianos, cuja compreensão e avaliação requerem conhecimentos, habilidades e procedimentos que não se localizam especificamente em uma disciplina e sim em diversas.

Estes são os denominados problemas transversais e a forma de fazer frente aos mesmos pressupõe propostas de trabalho integrado.

Por fim, a quarta forma de integração que é proporcionada pela multidisciplinaridade, segundo propõe Braga (1999), ocorre por meio de temas ou investigações propostas pelos alunos. A discrepância dessa modalidade de integração em relação às anteriores, é que os próprios alunos decidem o tema ou problema que será empregado como eixo para organizar os conteúdos das diferentes áreas de conhecimento.

Para que os alunos possam propor essas atividades multidisciplinares, faz-se mister que o professor motive os mesmos, adotando estratégias de ensino que comumente se diferenciam daquelas adotadas pela maior parte dos educadores, tais como: compartilhamento, com os alunos, das questões controvertidas, discussão de todas as visões existentes acerca das questões controvertidas, ao invés de um único e defensável ponto de vista ou teoria; estabelecimento do debate, e não da instrução na investigação das dimensões controvertidas; discussão visando a divergência entre os pontos de vista, e não o consenso; responsabilidade pela qualidade e níveis aceitáveis de aprendizagem (BRAGA, 1999).

 

 

 

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