Em 2016, Caçador foi uma das piores de SC em gestão municipal; Calmon, a segunda pior do Brasil

Caçador amargou uma das piores posições do estado no desempenho na gestão municipal em Santa Catarina, de acordo com o Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF). A cidade ficou na 243ª posição de 271 avaliadas no Estado. No ranking nacional, das pouco mais de 4500 cidades constantes na lista, Caçador foi a 2755ª colocada, na gestão do ex-prefeito Beto Comazzetto.

Na lanterna, aparece Calmon. A cidade catarinense ficou com a segunda posição entre os piores resultados do País, na 4543ª posição, atrás de Riachão do Bacamarte, na Paraíba, e de outros pequenos municípios de Pernambuco e do Pará. Em Santa Catarina, foi a última colocada, quando ainda governava a cidade a ex-prefeita Ivone De Geroni.

Em linhas gerais, o retrato dos municípios brasileiros mostra que o ajuste das contas públicas é o grande desafio, atingindo todas as esferas de governo. De acordo com o estudo, 2016 foi o ano em que mais prefeituras apresentaram gestão fiscal difícil ou crítica, desde o início da série histórica.

Na outra ponta da lista, aparecem Bombinhas e Balneário Camboriú, que estão entre as cidades brasileiras com melhor desempenho. Os dois municípios do Litoral catarinense aparecem na segunda e quinta posição, respectivamente, no ranking. Em ambos os casos, o item de recursos próprios atingiu 100%, o que significa que as prefeituras tiveram bom desempenho em gerar receitas municipais.

Florianópolis não foi avaliada por falta de informações prestadas à Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Como o cenário é difícil, as prefeituras acabam reduzindo ou segurando completamente os investimentos. Mesmo 2016 tendo sido ano de eleições, quando os municípios historicamente costumam aplicar 20% a mais, o volume direcionado foi inferior ao de 2015 em R$ 7,5 bilhões. Para se ter uma ideia do problema, 3.663 cidades investiram menos de 12% do seu orçamento.  No total, a média de recursos investidos foi de 6,8%, a menor dos últimos dez anos.

O Índice FIRJAN de Gestão Fiscal, criado em 2006, faz um diagnóstico de como os municípios administram os recursos públicos. Para isso, analisa cinco variáveis: receita própria, gastos com pessoal, investimentos, liquidez e custo da dívida.

POSIÇÃO DO MUNICÍPIO NO RANKING DO IFGF