Em 17 de dezembro de 2017, um homem e sua companheira foram vítimas de tentativa de homicídio qualificado (crime hediondo) na sua própria casa, em Caçador. O suspeito P.L.S., 24 anos, desferiu dois disparos de arma de fogo, calibre .32, do interior de seu veículo.
Minutos antes, P.L.S. havia ameaçado a vítima de morte em um mercado. Os disparos atingiram o interior da residência, que estava com a porta aberta, só não acertando as vítimas por erro de pontaria.
A motivação do crime decorre de desavenças existentes há anos entre a família das vítimas e o autor, que teria envolvimento na morte de um filho da vítima em 2012.
O indiciado permaneceu foragido desde janeiro de 2019, quando decretada a sua prisão temporária pelo Poder Judiciário de Caçador.
Na última terça-feira, 19, agentes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) deram cumprimento ao mandado de prisão na Rua João Pereira da Silva, bairro Martello, onde o indiciado estava escondido.
Interrogado, o suspeito negou as acusações.
As investigações foram assumidas pela DIC nesta quinta-feira, 21. Iniciadas às 18 horas de quinta-feira, até o meio-dia desta sexta-feira foram localizadas e ouvidas 7 testemunhas, inclusive testemunhas oculares, que presenciaram a cena e reconheceram, sem dúvidas, o autor dos disparos.
Ainda, foi realizada perícia no local pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), na companhia de agentes da DIC, identificando-se os orifícios resultantes dos disparos e localizando-se um dos projéteis calibre .32.
Em aproximadamente 16 horas foram concluídas as investigações. O inquérito foi formalmente concluído e encaminhado ao Poder Judiciário às 16 horas de sexta-feira.
Foi requerida a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, a fim de que P.L.S. não seja solto neste sábado (prazo final da custódia temporária), ou seja, para que responda ao inquérito e processo preso.
Quando do cumprimento do mandado de prisão, P.L.S., que estava foragido havia quase um ano, tentou novamente empreender fuga, pulando por muros e cercas, sendo então contido por agentes da Polícia Civil.
Além desse inquérito de homicídio tentado, P.L.S. é ainda investigado pela prática de estupro no dia 6 de agosto de 2018, ocasião em que, de acordo com investigações da DPCAMI, ele e outros três homens teriam estuprado uma mulher, obrigando seu marido a assistir à cena.