A morte de uma mulher de 22 anos chocou a cidade de Ituporanga, no Alto Vale do Itajaí. O caso de feminicídio veio à tona na noite de terça-feira (7), quando policiais civis acharam o corpo dela enterrado embaixo da casa onde morava com o companheiro, principal suspeito do crime.
Em entrevista à NDTV, o delegado responsável pelo caso, Fernando Padilha Figueiredo, afirmou que as operações de investigação em campo começaram no dia seguinte ao desaparecimento, após uma denúncia por telefone.
“Chegando na residência onde o casal residia, foram encontradas duas crianças sozinhas, uma de cinco e outra de dois anos. E o companheiro também estava desaparecido”, afirmou.
As buscas pela cidade prosseguiram e o suspeito foi encontrado na terça-feira (7) de manhã em um posto de gasolina. Nesta ocasião, ele foi levado à delegacia para prestar depoimento e entrou em contradição.
“Ele negou ter feito qualquer coisa contra a companheira, tendo dito que ela teria ido embora com outro homem. O que também nos causou estranheza. Ter ido embora e deixado os filhos para trás? Estranho”, relata o delegado.
Após o depoimento controverso e o cruzamento de dados obtidos pela investigação, a Polícia Civil solicitou um mandado de prisão temporária contra o suspeito, que foi atendido. A medida é usada como instrumento para garantir o andamento das investigações.
“Já de posse de um mandado de prisão temporária, logramos êxito em localizar este masculino no alojamento onde vivia o seu irmão. Assim, ele foi preso e conduzido até o presídio regional de Rio do Sul”, detalhou Figueiredo.
O delegado afirma que as investigações sobre o caso estão em andamento, inclusive com a exigência de mais laudos periciais sobre o cadáver. Enquanto isso, o suspeito seguirá preso, conforme o delegado.
“Tão logo seja possível, estaremos encaminhando este inquérito ao poder judiciário, para o início da segunda fase da persecução penal”, conclui.
Com informações ND Mais