Dia Nacional de Combate ao Fumo alerta sobre uso do narguilé

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O consumo de tabaco e seus derivados mata milhões de indivíduos a cada ano. Se a tendência atual continuar, em 2030 o tabaco matará cerca de 8 milhões por ano sendo que 80% dessas mortes ocorrerão nos países da baixa e média renda. Os dados são da Organização Mundial de Saúde, publicados no site do Inca.

Neste ano, para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) escolheu o tema Tabaco e saúde pulmonar – o uso do narguilé. Pretende-se, assim, alertar a população brasileira sobre os riscos de doenças pulmonares oriundas do consumo de tabaco e de seus produtos derivados, como o cachimbo de origem oriental.

O mote da campanha é um alerta importante: em 2008, a Pesquisa Especial sobre Tabagismo (Petab) mostrou que o Brasil tinha, à época, quase 300 mil consumidores do narguilé. Por ter virado “moda”, principalmente entre os mais jovens, a tendência é de que esses números sejam ainda maiores.

Pesquisa

Uma das ações do Inca para marcar a data será o lançamento do estudo “A curva epidêmica do tabaco no Brasil: para onde estamos indo?”, cujo objetivo é descrever as tendências temporais da taxa de mortalidade por câncer de pulmão observadas de 1980 a 2017 e estimadas até 2040.

Elaborado pela Divisão de Pesquisa Populacional do Instituto, o estudo mostra que, em 2017, foram registrados 27.931 óbitos decorrentes da doença. Para o ano seguinte, calculou-se a ocorrência de mais de dois milhões de casos novos e mais de 1,7 milhão de óbitos por câncer de pulmão. Já em 2019, são estimados 31.270 casos novos de câncer de pulmão o Brasil. Grande parte desses casos poderia ser evitada com a redução da prevalência de tabagismo.

Relatório da OMS

Outra ação será a apresentação do Relatório da OMS sobre a epidemia global do tabaco, documento bienal da Organização Mundial da Saúde que rastreia o cenário da epidemia de tabagismo e as ações existentes, globalmente, para controlá-la. A publicação tem como base a análise de dados sobre o consumo de tabaco e políticas de prevenção dos países-membro da OMS.

Desde 1997 o Inca é o Centro Colaborador da OMS para o Controle do Tabaco e realiza estudos populacionais cujos resultados contribuem para monitorar as tendências do consumo de produtos de tabaco no Brasil assim como conhecimento, crenças e atitudes da população frente às diferentes medidas da Política Nacional de Controle do Tabaco.

Controle do tabagismo no Brasil

No Brasil, como resultado das importantes ações de controle do tabaco desenvolvidas, a prevalência de tabagismo vem diminuindo ao longo dos anos. Em 1989 o percentual de fumantes de 18 anos ou mais no país era de 34,8%. Já em 2013, de acordo com pesquisa mais recente para essa mesma faixa etária em áreas urbanas e rurais, este número caiu para 14,7%.

Tabagismo entre os jovens

Os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar do IBGE (2015) mostraram que a experimentação do cigarro foi de 18,4%, entre os escolares do 9º ano do ensino fundamental. O indicador de experimentação de cigarro para os meninos (19,4%) foi superior quando comparado às meninas (17,4%). Nos jovens, a última pesquisa realizada em 17 cidades brasileiras demonstrou que a prevalência de estudantes que fumavam regularmente foi muito similar à encontrada nos adultos (Vigescola 2002-2009).

Dados e números do tabagismo no mundo

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Dessas, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral).

Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também é um fator importante de risco para o desenvolvimento de outras doenças, tais como – tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras doenças.

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