Search
Close this search box.

De advogado a assessores: PF investiga militares em caso de joias de Bolsonaro

Notícia Hoje

Notícia Hoje

As informações mais atualizadas de Santa Catarina, do Brasil e do Mundo!

Compartilhe

Advogado a assessores foram acordados com a PF

De advogado a assessores foram alvos de uma operação. A PF (Polícia Federal) cumpriu nesta sexta-feira (11) quatro mandados de busca e apreensão contra militares suspeitos de envolvimento no caso das joias recebidas de governos estrangeiros pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O general Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, é um dos alvos da operação. A PF também investiga outras três pessoas.

A operação visa combater crimes de peculato e lavagem de dinheiro no caso da venda das joias recebidas de governos estrangeiros pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Advogado a assessores são alvos de operação referente às joias recebidas de presente do ex-presidente

Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília (DF), um em São Paulo (SP) e um em Niterói (RJ). As informações são do R7.

Além do general Mauro César Cid, o tenente do Exército Osmar Crivelatti e o ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, também seriam alvos da operação, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ninguém foi preso.

O caso das joias

Os investigados são suspeitos de vender joias oficiais recebidas pelo ex-presidente Bolsonaro durante o mandato (2018-2022). Os presentes, que incluem também esculturas em ouro, foram apreendidos pela Receita Federal em outubro de 2021, no aeroporto de Guarulhos (SP), com um assessor que trabalhou durante a gestão de Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal justificou que os investigados teriam utilizado “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.

Ainda segundo a PF, as quantias obtidas com as vendas “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.

Os valores obtidos com a venda das joias e presentes não foram informados.

Pai de Mauro Cid aparece em reflexo de foto da venda

Um dos alvos da operação desta sexta, o general do Exército Mauro Lourena Cid é pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

De acordo com informações do portal Terra, a PF teria identificado o rosto do general em uma das fotos das joias, utilizada para negociar a venda nos Estados Unidos.

De acordo com a investigação, depois de transportar as esculturas para os Estados Unidos no avião presidencial que levou Bolsonaro ao país pouco antes do término do mandato em 2022, Mauro Cid pediu ao pai, Mauro Lourena, que visitasse lojas de joias para realizar a venda.

O general  foi da mesma turma do ex-presidente Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), na década de 1970.

Movimentações financeiras

Outro ponto da investigação é com relação a um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que informa que o pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, movimentou cerca de R$ 2,5 milhões em transações atípicas para o exterior durante 15 meses.

Outros investigados

Ainda segundo a PF, Frederick Wassef, que já foi advogado da família Bolsonaro, estaria envolvido na compra de um relógio vendido por Cid.

Para a investigação, Wassef foi aos Estados Unidos recomprar um “Rolex” vendido pelo grupo, para então entregar o artigo de luxo ao TCU (Tribunal de Contas da União).

Em março, o tribunal entendeu que o relógio e os demais presentes, como joias e esculturas, não pertenciam ao ex-presidente, e sim à União, determinando a entrega dos pertences.

O Rolex e outro relógio de luxo da marca Patek Philippe foram vendidos por US$ 68 mil.

Já o tenente do Exército Osmar Crivelatti, também investigado pela PF, seria um dos visitantes mais frequentes do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que está preso desde maio sob acusações de fraudes em cartões de vacina.

Além disso, ele teria sido o responsável por assinar a liberação do relógio negociado nos EUA, do acervo de presentes onde a joia ficava guardada.

A operação

A ação da PF deflagrada nesta sexta foi batizada de “Lucas 12:2”. O versículo da Bíblia afirma que “não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

*Com informações do portal R7 e Terra

LEIA TAMBÉM: Morre aos 93 anos o ex-padre Bernard Hugo

 

Receba notícias, diariamente.

Salve nosso número e mande um OK.

Ao entrar você está ciente e de acordo com todos os termos de uso e privacidade do WhatsApp