Antigamente, os psicólogos acreditavam que a atenção era a mesma coisa que a consciência, o fenômeno pelo qual não apenas a pessoa processa ativamente a informação, mas também está consciente disso.
Agora, entretanto, os psicólogos reconhecem que algum processamento ativo da informação sensorial, da informação evocada e da informação cognitiva prossegue sem o conhecimento consciente.
Para Sternberg (2000) os benefícios da atenção são particularmente evidentes quando a pessoa se refere aos processos de atenção consciente.
Algumas informações que atualmente está fora do conhecimento consciente ainda pode ser acessível à consciência ou, no mínimo, aos processos cognitivos.
A informação disponível para o processamento cognitivo, mas que presentemente encontra-se fora do conhecimento consciente, existe no nível pré-consciente do conhecimento. A informação pré-consciente compreende memórias armazenadas que o indivíduo não está utilizando em um dado tempo, mas que pode evocar, quando necessário.
A habituação sustenta o sistema de atenção, mas esse sistema desempenha muitas funções, além de meramente ignorar os estímulos conhecidos e sintonizar os novos.
As quatro funções principais da atenção são: atenção seletiva; vigilância; sondagem; e atenção dividida (STERNBERG, 2000). Alguns cientistas cognitivos mostram que os modelos heurísticos de atenção existentes podem ser demasiadamente simplistas e mecanicistas para explicar as complexidades da atenção.
Conquanto muitos processos de atenção ocorrerem fora do conhecimento consciente, muitos outros processos estão sujeitos ao controle consciente. O estudo psicológico da atenção tem incluído, entre outros fenômenos, a atenção seletiva, a vigência, a sondagem e a atenção dividida durantes a execução simultânea de múltiplas tarefas.
Em consonância com o magistério de Sternberg (2000,) enquanto a atenção abrange toda a informação que uma pessoa está manipulando, a consciência compreende apenas a variação mais restrita da informação que ela está consciente de manipular.
A atenção possibilita utilizar criteriosamente os recursos cognitivos ativos limitados, para responder rápida e corretamente aos estímulos que interessam e para lembrar a informação importante.
O conhecimento consciente permite monitorar as interações com o ambiente, relacionar as experiências passadas e presentes e, desse modo, perceber um encadeamento contínuo de experiências e controlar e planejar as futuras ações.
De acordo com Frawley (2000) a consciência tem sido bem aceita na ciência cognitiva recente podendo dar a ela uma interpretação computacional direta o que, por sua vez, a torna um objeto autêntico da verificação científica.
As características psíquicas da consciência têm sido persistente e cautelosamente evitadas na literatura científica. São feitas tentativas de evitar até mesmo mencionar a consciência, como se ela não existisse para a psicologia.
Para Vygotsky, a consciência define o comportamento sendo, portanto, a chave para a estrutura psicológica. Ao defender a consciência, Vygotsky, como os pensadores contemporâneos, defendeu-a em termos de idéias prevalecentes naquela época. A teoria corrente era, então, a reflexologia, ou o estudo do comportamento como reação corporal generalizada.
Pensar era um reflexo com reação motora inibida, ou seja, uma reação sem ação explícita correspondente (FRAWLEY, 2000). Da mesma maneira que as teorias modernas atribuem a consciência a uma mente automática, inferior através da herança de propriedades computacionais, a explicação de Vygotsky é inerente, considerando a consciência como construída a partir de seus próprios recursos.
Tanto Vygotsky como os computacionalistas consideram que deve haver uma continuidade de estrutura entre a mente inferior e a consciência, ou seja, a forma como a mente inconsciente deve passar para a consciência, para ser evitado o dualismo.
Uma técnica de entender a consciência ou a experiência interpretada é através da polêmica noção filosófica de qualia. Alguns argumentam que casos de experiência com consciente têm uma determinada sensação ou qualidade associada a eles.
A metaconsciência é a consciência e a organização deliberada da experiência ou, de forma mais simples, a autoconsciência.
A metaconsciência é lembrar-se ou associar de forma explícita experiências que são, sob outros aspectos, conscientes. A autoconsciência teve uma história algo irregular, entre outros motivos por ser freqüentemente fundida com a consciência simples.
A distinção entre consciência e metaconsciência deve, de fato, ser feita de maneira bastante clara. A autoconsciência possui propriedades bastante específicas: a consciência é necessariamente autoconsciência apenas no sentido fraco de que ambas são ligadas pelos mesmos cérebro/mente.
A consciência surge de manipulações puramente computacionais de processos não-conscientes. Da mesma forma, a metaconsciência deve ser extraída da consciência e pela consciência.
A melhor maneira de pensar sobre o processamento não-consciente, sobre a consciência e sobre a metaconsciência é como modos de experiência caracterizados por um conjunto de propriedades sobrepostas, não como estados de máquinas ligados, estanques.
A consciência possui efeitos locais e implementação distribuída. Cada modalidade possui sua consciência concomitante e é parte de um conjunto distribuído de integradores locais sem um sintetizador necessariamente central da consciência. Embora alguns argumentem que fragmentar a consciência dessa maneira nada faz para explicá-la, a idéia de consciência está em conformidade com as evidências neurológicas.
Por serem fundamentalmente representacionais, o processamento não-consciente e o consciente estão sujeitos às mesmas restrições gerais. De modo geral constituem a estrutura que acomoda tanto o computacionalismo tradicional como as visões da inserção mente/cultura.