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Das ciências da cognição à ciência cognitiva – I

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As Ciências da Cognição constitui umas das áreas de pesquisa mais dinâmicas no mundo nos dias atuais. Vale-se dos recursos epistêmicos e metodológicos da Computação, Lingüística, Psicologia, Neurociência e Semiologia. Destarte, a expressão Ciências da Cognição se refere ao estudo interdisciplinar relativo à aquisição e emprego do conhecimento.

 Ademais disso, a Ciência Cognitiva trata das leis que regem a cognição, seu objeto, abrangendo a mente, a atenção, a consciência, a memória e a aprendizagem.A par disso, contempla o desenvolvimento e a modelagem cognitiva, o cérebro e ainda a percepção.

No entanto, a riqueza da doutrina sobre matéria já a faz merecedora de reconhecimento de estatuto epistemológico próprio, posto que usufrua de saberes emanados de outras áreas.

 No entanto, tal fato também se verifica em outras áreas já consagradas, como, à guisa de exemplo, a Administração, que compila elementos da Sociologia, Psicologia, e outras Ciências. A própria Psicologia, legítima filha da Filosofia, utiliza as Ciências Biológicas na tessitura de seu saber.

O desenvolvimento psíquico não pode ser analisado sem consideração da dimensão orgânica. Por conseguinte, a Ciência Cognitiva percorreu a trajetória e, agora, provê os quesitos para se habilitar ao reconhecimento acadêmico.  Em epítome, as Ciências da Cognição já constituem a Ciência Cognitiva.

Epistemologicamente, a ciência e todo o processo científico deveria estar conduzindo a humanidade à estabilidade e à consolidação do mundo em seu todo, já que é vista como a mais alta façanha humana (SCHABBEL, 1994). Com isto, a ciência é utilizada como meio para satisfazer às necessidades humanas.

Ademais disso, a Ciência não é ideologia e não é política; entretanto a ciência é profundamente ideológica e profundamente política. Como atividade, a ciência, em si, não pode ser ideológica, entretanto, a ciência é feita por homens que têm ideologias.

As Ciências constituem, realmente, um fenômeno histórico. E, em corolário, releva entender que o cariz da História não exibe linearidade, mas caráter circular. De acordo com Maturana (2001) as Ciências se configuraram em cultura que valoriza a apropriação e a riqueza, trata o conhecimento como uma fonte de poder, aprecia o crescimento e o controle, respeita hierarquias de dominação, valoriza a aparência e o sucesso, perdeu de vista a sabedoria e não faz nada para cultivá-la.

Em função da abordagem experimental hipotético dedutivo, as Ciências apresentam a  característica e a vantagem de possibilitar o acordo entre os mais diversos cientistas nas mais diversas partes do mundo, os quais poderiam repetir passo a passo os experimentos empregados por outros cientistas e exercer um real poder de crítica sobre as conclusões obtidas pelos primeiros (OLIVEIRA, 2004).

As Ciências limitam seu objeto de estudo e emprega métodos específicos, reunindo fatos em torno de experimentações constantes, tornando possível a realização de interpretações condizentes com os dados empíricos armazenados dentro do setor previamente delimitado por esta ou aquela ciência.

Destarte, pode-se dizer que a ciência é uma das maiores atividades humanas. É a contemplação da natureza e também muitas outras coisas. Da mesma maneira, pode-se afirmar que é o conjunto organizado de conhecimentos relativo à determinada área do saber, assinalado por metodologia específica. Conhecimento que se obtém por meio de leituras, de estudos; instrução, erudição. Conhecimento prático para uma determinada finalidade.

 

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